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Meio ambiente

Natureza intocada na Lagoa do Parado

A bióloga Juliana Rechetelo, do Centro de Estudos do Mar, da UFPR, observa a fauna 
da lagoa | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
A bióloga Juliana Rechetelo, do Centro de Estudos do Mar, da UFPR, observa a fauna da lagoa (Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo)
Jacana Jacana: espécie de ave comum nas lagoas e brejos do Brasil |

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Jacana Jacana: espécie de ave comum nas lagoas e brejos do Brasil

A colhereira encanta a todos com sua cor |

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A colhereira encanta a todos com sua cor

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Socó-do-mangue: ave ameaçada de extinção |

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Socó-do-mangue: ave ameaçada de extinção

Presença desprazerosa de butucas |

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Presença desprazerosa de butucas

Lagoa do Parado na região de Guaratuba |

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Lagoa do Parado na região de Guaratuba

Presença de insetos |

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Presença de insetos

Pequenas sacolas feitas de gravetos no alto das árvores |

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Pequenas sacolas feitas de gravetos no alto das árvores

No interior da Baía de Guaratuba, a natureza guarda um espetáculo ainda inexplorado pelo homem. Localizada na margem esquerda do Rio Cubatãozinho, a oeste da Serra da Prata, a Lagoa do Parado é considerada um paraíso em meio à Mata Atlântica paranaense.

Somente barcos pequenos chegam ao local. Acompanhada de duas biólogas do Centro de Estudos do Mar (CEM) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Juliana Rechetelo e Luciana Festti, a equipe da Gazeta do Povo foi conferir as maravilhas da Lagoa. Guiada pelo barqueiro, Marcos da Silva, que mora há 36 anos no litoral paranaense, a viagem de duas horas foi iniciada em Cabaraquara, região onde opera o ferry boat que faz a travessia Caiobá-Guaratuba.

À caminho

O caminho já vale o passeio. No início, surpresas: de longe, uma ave cor-de-rosa chama a atenção. "É uma colhereira, chamada assim porque o bico se assemelha a uma colher. Com ele, o pássaro revolve o fundo dos ambientes aquáticos em que vive, em busca de alimento. No período reprodutivo, exibe essa bela plumagem cor-de-rosa", explicou Luciana.

Mais adiante, outro pássaro raro cruza o caminho. "Trata-se de um socó-do-mangue, ave ameaçada de extinção no Paraná e outros estados brasileiros", comenta Juliana.

Após 40 minutos no mar, o barco adentra as águas doces do Rio Guanchuma. Neste ponto, o mangue dá lugar a uma vegetação verde que em certos pontos apresentava flores. Mais à frente, o rio Cubatãozinho – companheiro que guiou a equipe até o destino. Antes de chegar, os curiosos ninhos de guaxos desviam os olhares para o alto das árvores – pendurados nos galhos, parecem pequenas sacolas feitas de gravetos.

Paraíso natural

As maravilhas do trajeto não ofuscam o espetáculo natural encontrado na Lagoa do Parado. "É com certeza o ambiente mais preservado em que já estive. É possível perceber isso pela vegetação e pela falta de indícios da presença humana", explica Juliana, que pela primeira vez visitou o local.

No interior das águas, plantas aquáticas formam um emaranhado verde, com pequenas flores brancas. A água doce da lagoa é cercada por uma vegetação herbácea – verde e flexível – em que ficam escondidas várias espécies de pássaros. Mais adiante, as árvores retorcidas servem de apoio para as coloridas bromélias.

O local, cercado por montanhas, também é abundante em peixes. Jundiá, taravia, lambari e nhacundá compõem a lista. Estes, porém, não são os únicos animais: jacarés, lontras e capivaras, volta e meia são avistados na região.

Para completar a lista das belezas locais, o céu faz da água da Lagoa do Parado o seu espelho. Em dias em que não há nuvens, o cenário compõe um show à parte.

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