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Rodrigo Janot, procurador-geral da República: para presidente da CPI, ele não está acima da lei. | Sérgio Almeida/Ascom/ CNMP
Rodrigo Janot, procurador-geral da República: para presidente da CPI, ele não está acima da lei.| Foto: Sérgio Almeida/Ascom/ CNMP

O presidente da CPI da Petrobras, Hugo Motta (PMDB-PB), não descartou a possibilidade de colocar em votação já na próxima quinta-feira (14), a convocação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. “Vivemos numa República e ninguém está acima da lei”, declarou o peemedebista

Nesta quinta-feira (7), o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), aliado do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), protocolou o pedido para ouvir Janot sob a alegação de que há vazamento seletivo de informações da Operação Lava Jato e que os parlamentares precisam saber os critérios de investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR). De acordo com o parlamentar, uma empresa de assessoria de imprensa teria sido contratada por R$ 500 mil, sem licitação, para fazer os vazamentos aos jornalistas. Paulinho da Força, como é conhecido, também protocolou um pedido para a quebra do sigilo telemático telefônico do procurador-geral e do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

No momento em que Paulinho leu seu requerimento de convocação de Janot na sessão da CPI, parte dos membros da comissão rechaçaram a proposta, mas o assunto deve entrar na pauta de votações de requerimentos da comissão na semana que vem. Peemedebistas que estavam na sessão apoiaram a iniciativa.

Motta disse que, se o requerimento será votado ou não, dependerá de acordo entre os membros da comissão e que o plenário é “soberano”. Na prática, o presidente da CPI tem a prerrogativa de montar a pauta de votações. Aos jornalistas, o peemedebista disse que tratará o assunto da mesma forma que os outros requerimentos.

Indicado por Cunha para presidir a CPI, Motta negou que faça “apologia” à convocação de Janot, mas fez questão de enfatizar que o procurador não é “melhor ou pior do que ninguém”, ou seja, estaria sujeito a convocação, assim como estaria o presidente do Senado e investigado na Lava Jato, Renan Calheiros (PMDB-AL), ou mesmo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Acredito que ele [Janot] não deve se constranger”, afirmou.

Depoimentos em Curitiba

Na próxima semana, os deputados se deslocarão à Justiça Federal no Paraná para ouvir 13 depoentes presos. Como Cunha não revogou o ato da Mesa que proíbe a oitiva de encarcerados nas dependências da Casa, a CPI vai ouvir em dois dias Alberto Youssef, Mario Góes, Nestor Cerveró, Fernando Soares, Guilherme Esteves de Jesus, Adir Assad, Iara Galdino, Nelma Kodama, René Luiz Pereira, Luiz Argôlo, André Vargas, Pedro Corrêa e Carlos Habib Charter.

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