O novo prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB), anunciou nesta semana que pretende conceder a administração de parques da capital paulista, entre eles o Ibirapuera, à iniciativa privada. Mas e se os candidatos Ney Leprevost (PSD) e Rafael Greca (PMN) resolvessem também ceder a gestão de famosos parques de Curitiba, como o Barigui ou o Jardim Botânico, seria possível?
A legislação da capital permite tal procedimento e a cidade tem trabalhado com a “adoção” de praças, jardinetes, largos e outras unidades, com frequência. Um dos ícones da cidade, o Jardim Botânico, já passou pelo procedimento, mas sem sucesso.
Diante de 2º turno inesperado, Greca e Leprevost ainda constroem estratégias de campanha
Leia a matéria completaÉ que não houve interessados na licitação lançada em 2014, apesar do potencial publicitário do principal cartão-postal da capital. Curitiba gasta R$ 300 mil por mês em manutenção dos 52 parques e bosques da cidade. São cerca de R$ 3,6 milhões por ano. No total, há 1.111 parques, praças, bosques, jardinetes, entre outros.
Somente o parque Barigui, a prefeitura coloca R$ 80 mil por mês para manutenção. O parque precisa de até 15 roçadas por ano, sem contar as varreduras, pinturas de aparelhos e reposições de areia. O caso curitibano, no entanto, é diferente do de São Paulo, segundo o diretor do departamento de parques e praças da Secretaria do Meio Ambiente de Curitiba, João Carlos Borges da Fontoura.
A primeira função dos parques como o Barigui é de ser uma espécie de reservatório, tecnicamente chamado de bacia de acumulação, para evitar alagamentos. Eles ajudam a drenar água da chuva. Na avaliação de Fontoura, o custo da manutenção dos parques e bosques é baixo.
Se fosse privatizada a gestão do Barigui, a empresa vencedora da licitação seria proibida de impedir o uso dele pela população em geral, conforme a legislação municipal.
O que pensam os candidatos a prefeito sobre o tema
O candidato Greca afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a cidade de Curitiba tem uma tradição de projetos de concessão e parceria com a iniciativa privada, como o Pavilhão de Exposições do Parque Barigui, Pedreira e a Ópera de Arame. “Temos que buscar formas inteligentes de trabalhar a parceria com a iniciativa privada”, disse.
Ele aproveitou par cutucar seu oponente. Disse que é contra vender ou privatizar patrimônio público para cobrir rombos, como a proposta de Leprevost de venda de terrenos da Urbs para tentar baixar a tarifa do transporte público.
Já o candidato Leprevost explicou, por meio da assessoria de imprensa, que não descarta a ideia para a cidade, mas que ainda não a analisou.
Sob pressão do mercado e enfraquecido no governo, Haddad atravessa seu pior momento
Premiê de Assad concorda em entregar poder a rebeldes da Síria
EUA alertam que Estado Islâmico pode tentar “tirar vantagem” da situação na Síria
Segurança pública de São Paulo enaltece recorde histórico de redução de crimes
Deixe sua opinião