2016 está sendo tratado como o ano do investimento pelo governo do Paraná. No orçamento do estado, a previsão é de R$ 3,5 bilhões – considerando apenas os investimentos feitos diretamente pelo Executivo. Caso realizado integralmente, isso significaria 226% de aumento em relação a 2015. Historicamente, porém, o governo investe apenas metade do que prevê em leis orçamentárias.
R$ 3,5 bilhões
Um investimento de R$ 3,5 bi seria consideravelmente mais alto que o patamar histórico recente. Em valores absolutos, o estado não passa dos R$ 2 bi desde 2003. Se aplicada a média geral de execução do orçamento de investimento dos últimos 13 anos, o valor atual cairia para R$ 1,8 bi.
Com crise e ajuste, Paraná tem pior taxa de investimento em 13 anos
Apesar do ano considerado ruim, há um lado positivo: a projeção é de crescimento para 2016
Leia a matéria completaEssa quantidade de investimento já havia sido prevista em 2013 e 2014. Mas o que foi, de fato, gasto pelo governo foi R$ 1,7 bilhão e R$ 1,5 bilhão. Nesse caso, estão sendo considerados valores absolutos, não corrigidos pela inflação – o que significa que o patamar de gastos era, na verdade, superior ao previsto para este ano.
Segundo o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, o governo espera cumprir essa meta. “O orçamento [de 2016] é mais realista que o dos anos anteriores. No passado, o estado superestimou as receitas e subdimensionou despesas fixadas, o que causou essa diferença. Neste ano, trabalhamos apenas com receitas possíveis.” Este é o primeiro orçamento elaborado durante sua gestão como secretário.
Segundo ele, o governo trabalha com fontes receitas já aprovadas pela Assembleia Legislativa, como a alienação de imóveis e a securitização de recebíveis. E haverá recursos de operações de créditos e convênios “possíveis de serem realizados” – além do aumento das receitas ordinárias, além de ‘aperto de cintos’ com o custeio da máquina.
Ele diz, ainda, que a perspectiva negativa para a economia brasileira foi considerada, e que o orçamento foi feito de forma “muito conservadora”. “A não ser que aconteça uma catástrofe com a economia brasileira, que afete profundamente o Paraná, não vejo porque [o orçamento de investimento] não ser executado.”
Nos últimos 13 anos, o governo previu no orçamento que investiria R$ 28,5 bilhões, em valores nominais, mas gastou R$ 14,7 bilhões.
A tendência de superestimar o investimento se acentuou nos últimos cinco anos. Durante a gestão Beto Richa (PSDB), o governo executou somente 43,6% do orçamento previsto para investimento – a taxa foi de 59,9% durante os dois mandatos de Roberto Requião (PMDB). Em 2015, a taxa foi de 37,9% – melhor apenas que 2011.
Médicos afirmam que Lula não terá sequelas após mais uma emergência de saúde em seu 3º mandato
Saúde de Lula ameaça estabilidade do Governo em momento crítico; acompanhe o Sem Rodeios
Mudanças feitas no Senado elevam “maior imposto do mundo” para 28,1%
Congresso dobra aposta contra o STF e reserva R$ 60 bi para emendas em 2025
Deixe sua opinião