A queda na popularidade de Gustavo Fruet (PDT) e a crise do “pacotaço” do governo do estado tiveram impacto nas intenções de voto do curitibano. Por um lado, o prefeito perdeu potenciais eleitores entre dezembro e março e se juntou ao “pelotão” de candidatos na faixa dos 10% a 15%. Por outro, a perda de pontos de Ratinho Jr. (PSC) pode ter a ver com sua ligação com o governador Beto Richa (PSDB), também mal avaliado. Já Requião Filho (PMDB) e Ney Leprevost (PSD) ganharam terreno após ficarem ao lado dos servidores na crise com o governo estadual.
Para o cientista político Ricardo Oliveira, da UFPR, a pesquisa é um “sinal amarelo” para Ratinho e Fruet. Ratinho mantém o bom “recall” do eleitorado menos escolarizado, mas não consegue romper a barreira que o impediu de ser prefeito em 2012: a rejeição da classe média e alta. No cenário principal, ele tem 36,2% entre eleitores de baixa escolaridade, mas 16,7% dos votos entre eleitores com ensino superior.
A situação de Fruet é inversa: o prefeito é fortemente rejeitado pela população de baixa escolaridade, com 8,3% das intenções de voto no segmento – entre eleitores com ensino superior, tem 16%. Oliveira pondera que a conjuntura nacional e estadual afeta a avaliação, mas que a falta de obras e marcas administrativas, além de uma comunicação que o aproxime da população, também ajudaram a derrubar a popularidade.
Surpresas
Por outro lado, alguns pré-candidatos aparecem fortalecidos. Para o diretor do Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, a grande surpresa é Requião Filho. Na sua avaliação, ele ganhou projeção pela participação na greve dos professores e se cacifou como um potencial concorrente. Já Francischini (SD) teve bastante exposição por ser secretário de Segurança, e também aparece como um candidato viável, diz. (CM)
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