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O governador Eduardo Leite disse que o número de mortos em razão dos temporais deve aumentar.
O governador Eduardo Leite disse que o número de mortos em razão dos temporais deve aumentar.| Foto: Mauricio Tonetto/Secom/Governo do Rio Grande do Sul.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), informou que chegou a 29 o número de mortos em razão das fortes chuvas no estado. Leite apresentou no início da noite desta quinta-feira (2) os dados mais recentes compilados pela Defesa Civil. Outras 60 pessoas seguem desaparecidas e 154 municípios foram afetados.

“Infelizmente, sabemos que esses números vão aumentar… Sabemos que há pessoas desaparecidas em lugares inacessíveis”, disse o governador. A chuva deve continuar até sábado (4) no estado. O mau tempo atrapalha os resgates com aeronaves nas regiões mais afetadas.

Ele fez um apelo para que pessoas que estejam perto das áreas de risco busquem lugares seguros. “O meu dever aqui, como governador, é fazer com que as pessoas compreendam que a situação que estamos vivendo é absurdamente excepcional. É o momento mais crítico que o estado terá registro na sua história”, destacou.

De acordo com o balanço mais recente, 4.645 pessoas estão em abrigos, outras 10.242 estão desalojadas. Mais de 71 mil pessoas foram afetadas de alguma forma pelos temporais. Até o momento, houve 36 registros de feridos. Por volta das 13h40, a barragem 14 de Julho, entre Cotiporã e Bento Gonçalves (RS), rompeu parcialmente. A Defesa Civil informou que o rompimento ameaça 15 municípios da região.

Governo federal reconhece estado de calamidade pública no RS

O governo Lula publicou nesta quinta (2) uma portaria no Diário Oficial da União (DOU) reconhecendo que o Rio Grande do Sul vive um estado de calamidade pública em decorrência dos temporais. A oficialização da crise faz com o estado consiga solicitar recursos federais para ações urgentes.

O governo do estado já havia decretado calamidade pública no dia 1º de maio. Nesta manhã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou Santa Maria (RS) e garantiu que o Executivo vai ajudar o estado.

“Não faltará, por parte do governo federal, ajuda para cuidar da saúde, não vai faltar dinheiro para cuidar da questão do transporte, dos alimentos, tudo o que tiver ao alcance. Seja através dos ministros, da sociedade civil ou dos nossos militares. Vamos dedicar 24 horas de esforço para que a gente possa atender as necessidades básicas do povo que está isolado por causa das chuvas”, disse o presidente.

Hospital de campanha será instalado em Lajeado

O governo federal anunciou também que um hospital de campanha será montado em Lajeado, no Vale do Taquari, região mais afetada desde o início da semana. O comandante militar do Sul, general Hertz Pires do Nascimento, disse que o pedido para a instalação do hospital de campanha foi feito na quarta (1º) pelo governador.

Em nota, o governo afirmou que a estrutura deve ser montada ainda nesta quinta, com 40 leitos de enfermaria. “Será um hospital de campanha com local para triagem e recepção, dois consultórios e uma emergência”, disse o comandante.

Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), até a manhã desta quinta, 110 pessoas foram resgatadas, incluindo uma criança de dois anos que estava em estado crítico, hospitalizada em Faxinal do Soturno. Ela foi transportada para Santa Maria. Os militares também conseguiram resgatar oito pacientes de hemodiálise e duas gestantes em estado crítico.

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