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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT)| Foto: André Borges/EFE

Em atendimento a uma representação do partido Novo, a Justiça Eleitoral deu 24 horas para o presidente Lula (PT) tirar do ar o vídeo com a transmissão do evento em comemoração ao Dia do Trabalhador, ocorrido nesta quarta-feira (1), em que o petista pede voto para o pré-candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL).

A lei eleitoral diz que só é permitido pedir votos para um candidato a partir do início oficial da campanha eleitoral em 16 de agosto.

Ainda na quarta-feira, após as críticas, o governo apagou o vídeo dos canais oficiais nas redes sociais, mas o conteúdo continua compartilhado nos perfis do presidente Lula. A petição do partido Novo faz referência ao canal de Lula no Youtube.

Segundo o jornal O Globo, que teve acesso à decisão, o Youtube já foi notificado para que prossiga com a remoção. A Justiça Eleitoral também intimou o Ministério Público para que se pronuncie no mesmo prazo de 24 horas.

"Em razão do referido vídeo constar da página oficial do presidente da República no Youtube, e ser ele figura de expressiva importância nacional, com potencial de influenciar seguidores e não seguidores, já que conta com 1.390.000 inscritos, tendo o referido vídeo mais de 63.000 visualizações em cerca de 20 horas, não restam dúvidas quanto à presença do 'periculum in mora', pois a permanência do vídeo na rede pode macular a paridade entre os possíveis candidatos ao pleito vindouro, especialmente porque, além da extemporaneidade do ato de campanha, se trata de um 'cabo eleitoral' de considerável relevância", afirma o juiz eleitoral Paulo Eduardo de Almeida Sorci em um trecho da decisão obtida pelo Globo.

O ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, nega que a fala de Lula esteja em desacordo com a lei eleitoral.

Além do Novo, os deputados Kim Kataguiri (União), Coronel Meira (PL-PE), Carla Zambelli (PL-SP), e os diretórios do PSDB e MDB, além do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), denunciaram Lula e Boulos por campanha eleitoral antecipada.

O ato do dia 1º de Maio recebeu um incentivo de R$ 250 mil da Lei Rouanet e teve apoio da Petrobras e do Conselho Nacional do Sesi (Serviço Social da Indústria). 

Durante o ato, além de pedir votos para Boulos, Lula criticou a organização por conta da pequena quantidade de pessoas presentes.

“Boulos está disputando com o nosso adversário nacional, ele está disputando contra o nosso adversário estadual e ele está disputando contra o nosso adversário municipal. Então, ele está enfrentando três adversários e, por isso, eu quero dizer para vocês, ninguém derrotará esse moço aqui se vocês votarem no Boulos para prefeito de São Paulo nas próximas eleições. E, eu vou fazer um apelo, cada pessoa que votou no Lula, em 1989, em 1994, em 1998, em 2006, em 2010 e em 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo”, disse Lula durante o evento.

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