Especialista em equinocultura da Esalq/USP, Roberto Arruda observa que praticamente não há criação de cavalos para engorda no mundo. “Apenas em um pedacinho da França”, diz. O professor ensina que somente é feito o abate de cavalos idosos.
“Pense um carroceiro com um cavalo velho e improdutivo. Ou ele mantém o cavalo sem uso e, ao invés de alimentar o filho, alimenta o animal, ou abandona”, comenta. Segundo ele, isso colabora para o aumento de acidentes nas estradas, além do próprio sofrimento do animal.
Neste sentido, o abate pode inclusive gerar renda extra ao dono do equino. O problema é que, atualmente, para ser aceito nos frigoríficos os animais precisam passar por algumas regras.
“Quando cavalo é mal tratado, o frigorífico não aceita. Tem de haver todo um transporte adequado para um abate mais ‘humanitário’. O que se vê na internet são coisas horripilantes, que não acontecem nesses frigoríficos, e o leigo costuma confundir”, explica Arruda.
O especialista completa dizendo ainda que animais que participam de competições esportivas e sociais não são abatidos pois, ao longo da vida, recebem muitos medicamentos, o que inviabiliza o animal para consumo humano.
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