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Umuarama – Aliando perseverança e modernização, o agricultor Irineu Montagna, 53 anos, de Umuarama (Noroeste do estado), mostra que ainda é possível sobreviver numa pequena propriedade rural. O sítio de 15 hectares, no distrito de Serra dos Dourados, é um dos mais produtivos da região e está servindo de exemplo para outros agricultores e técnicos do meio rural. "Até excursão eu já recebi", conta o produtor.

Pouco mais de 9,5 hectares do sítio são utilizados com pastagens, 1,2 hectare é cultivado com cana-de-açúcar e o café ocupa 2,42 hectares. Montagna consegue manter 54 cabeças de gado na propriedade, por causa da rotação de pastagem. Ele subdividiu o lote em 38 piquetes, com média de mil metros quadrados cada – apenas três repartições possuem 3 mil metros quadrados.

O gado, mestiço, fica em torno de dois dias em cada piquete e a cada mudança encontra um capim de até 95 centímetros de altura. Além de não perder peso, as vacas garantem a produção média de 170 litros de leite ao dia. O produtor chega a manter sete cabeças em 2,4 hectares, enquanto a média na região é inferior a dois animais nessa área.

Tecnologia

O Programa de Inseminação Artificial garante a reprodução do rebanho com qualidade, a adubação do solo é periódica e o produtor recebe orientação permanente da Empresa Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). Além da pecuária, Montagna cultiva o café. Em apenas 2,4 hectares, ele prevê a colheita de 250 sacas de 40 quilos de café neste ano.

Tudo na propriedade é acompanhado na ponta do lápis. O dia da adubação, a quantidade de agrotóxicos utilizada, a produção e o preço. Com o gado é a mesma coisa. Cada animal tem um nome e uma ficha. Ele anota a quantidade de leite produzida, todos os dias, as vacinas e em qual piquete o bovino está.

Apesar da queda no preço do leite e do custo de manutenção, Montagna diz que, atualmente, é possível obter uma renda mensal aproximada de R$ 1,2 mil no lote. Com isso, sobrevivem na área ele, a esposa, e um filho com a mulher e suas duas filhas. No valor da renda não estão incluídos alimentos como frango, porco, sucos, feijão, mandioca, verduras e legumes, além da carne bovina. "A nossa compra mensal no mercado da cidade é inferior a R$ 100."

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