Londrina Principal termômetro da agropecuária paranaense, a Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina, cuja 34.ª edição se estende até o próximo domingo, está desenhando as tendências para a criação de animais no estado. Enquanto o número de bovinos expostos neste ano teve uma queda de quase 20%, para 7 mil animais, as criações de eqüinos, ovinos e caprinos nunca viveram um momento tão próspero.
Entre as edições de 2005 e 2006, os números de ovelhas e cabras expostas triplicaram, para 540 e 120 animais, respectivamente. O número de cavalos dobrou, atingindo 800 animais. "Isso demonstra o fomento dessas atividades no estado", afirma o veterinário José Henrique Cavicchioli, diretor de Atividades Eqüestres da Sociedade Rural do Paraná (SRP), promotora do evento.
Segundo ele, o aumento de não-bovinos inscritos é resultado de anos de incentivo da SRP a essas criações. O carro-chefe da feira sempre foi as raças bovinas, setor que enfrenta uma grave crise, por causa do ressurgimento da febre aftosa no estado. Até há poucas semanas, havia restrições à circulação, para se evitar a propagação da doença.
Para abrigar o grande número de animais inscritos, a SRP precisou construir novas baias, em uma área antes destinada ao comércio. As atividades eqüestres também aumentaram durante a feira. Estão sendo realizadas a quarta etapa do 24º Campeonato Paranaense do Cavalo de Trabalho, a primeira etapa do Ranking do Interior de Hipismo 2006, além de julgamentos das raças mangalarga e árabe, além de show de lusitanos.
A ExpoLondrina reflete o que se passa nas fazendas. "A ovinocultura é a atividade pecuária que mais cresce no país", informa Hamilton Mello, presidente da Associação dos Criadores de Ovinos do Paraná (Ovinopar). "Muitos até estão deixando a criação de bovinos." O quem tem motivado os produtores é o bom mercado para a carne de ovelha. O preço do quilo da carcaça do borrego (animal jovem, com no máximo seis meses), atinge R$ 7, o dobro do obtido pelos criadores de bovinos. Além disso, a produção de lã garante renda extra. Segundo Mello, o aumento da criação de bovinos ocorre em todo o estado, mas se destaca na região de Guarapuava (Centro-Sul).
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