Paulinelli levanta demandas das cooperativas do Paraná para sustentabilidade do milho.| Foto: Foto: Henry Milla©o/gazeta Do Povo

O cultivo e a renda do milho no médio e longo prazo foram tema de discussão envolvendo, nesta segunda-feira (18), na sede da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), cerca de 100 lideranças do agronegócio do estado. O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Alysson Paolinelli, abriu o evento, que funcionou como uma sessão de coleta das demandas do setor diante do governo. Paolinelli argumentou que é necessário ir além da receita com o grão in natura e agregar valor à produção. “É preciso dar um sentido econômico-social ao milho. Hoje existem cooperativas que não vendem um grão do produto, processam tudo”, ressaltou.

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O evento contou com representantes de cooperativas como a C. Vale, Agrária, Integrada, Bom Jesus, entre outras. Luiz Lourenço, presidente da Cocamar (de Maringá), disse que um dos principais desafios da cooperativa é a armazenagem da produção. “É um investimento que não dá retorno, mas precisa ser feito para atender aos cooperados. Nos últimos cinco anos, triplicamos o volume recebido de milho”, relata. Os silos são considerados necessários para controle de custos e para a ampliação do poder de barganha na hora da comercialização.

O aspecto logístico foi amplamente discutido pelos participantes. Paolinelli acredita que a adoção de parcerias público-privadas pode ser a alternativa para agilizar a melhora na infraestrutura. “O problema é de médio e longo prazo. Então, precisamos somar forças para solucionar os gargalos mais imediatos”, pontua.

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Cesário Ramalho da Silva, presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), sustenta que não se pode pensar somente em soluções pontuais. “Muitas vezes o agente pensa apenas na demanda da sua região, mas é preciso resolver o problema brasileiro, com soluções amplas”.

O presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, defende que as cooperativas do Paraná deem continuidade a seu processo de agroindustrialização para agregar valor não apenas ao milho, mas também a uma parcela cada vez maior da colheita de soja, trigo. Em sua avaliação, o setor precisa perseguir a meta de entregar alimentos prontos para irem ao forno nos supermercados.