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No final das contas, o de­­sempenho da temporada 2009/10 superou to­­das as expectativas. Deu um baile nas previsões pessimistas e surpreendeu até mesmo aqueles que apostavam na retomada. A Expedição Safra RPC, por exemplo, ainda no início do ciclo, em outubro de 2009, já trabalhava com um potencial acima de 145 milhões de toneladas. A Conab, junto com outros institutos e consultorias, sempre em linha, começou modesta e sinalizava para uma colheita total próxima de 140 milhões de toneladas, distante do recorde de 144,1 milhões de toneladas do ciclo 2007/08.

Eis, pois, que o clima colaborou, o produtor apostou e os números foram sendo revisados, para cima, é óbvio. Sem muita margem para novos reajustes, e com a colheita do ciclo de verão praticamente encerrada, em seu 9.º levantamento, na semana passada, a Conab fez um balanço ainda mais surpreendente, com um volume total de 146,92 milhões de toneladas de grãos. E se alguém tem alguma dúvida, basta checar os armazéns, públicos e privados, dentro e fora da porteira, das cooperativas e dos produtores, que estão abarrotados. Isso quando a produção não precisou ser ar­­mazenada a céu aberto ou en­­tão em silos improvisados. Aí, é outra discussão, que merece uma nova abordagem, para tratar da infraestrutura deficiente, um dos principais gar­­galos da agricultura brasileira.

A questão, agora, é constatação e planejamento. Se, contra todas as previsões, o país bateu novo recorde de produção, é preciso se preparar para o próximo ciclo. Conside­­rando que os recursos públicos para financiar a safra também serão recordes, é muito provável que a produção siga em linha. Ou alguém vai continuar duvidando da capacidade de expansão da agricultura brasileira, em área e tecnologia, mesmo diante de adversidades, sejam elas de clima, preço ou câmbio? A próxima meta, que pode ser alcançada sem muito esforço, são 150 mi­­lhões de toneladas.

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