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Secretário nacio­­nal de Defesa Agro­­pecuária de 2007 a 2010, o veterinário e ex-pesquisador do Instituto Agro­­nômico do Paraná (Ia­­par) Inácio Kroetz assumiu oficialmente ontem a presidência da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) paranaense, principal projeto de campanha do governo de Beto Richa para o agronegócio. Afastado da "linha de frente" há um ano, Kroetz tem a missão de fazer o estado passar da condição de quem busca cumprir regras sanitárias para a de quem é referência no assunto. Na entrevista a seguir, relata co­­­­mo pretende estruturar a Adapar, que depende da con­­­­tratação de 499 técnicos, agrônomos e veterinários até 2013.

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Como vai ser o processo de es­­truturação da Adapar?

Primeiro nós temos que fazer a estruturação do ambiente interno. A agência vai funcionar nas instalações do Defis [Departamento de Fiscalização Secretaria da Agricultura e do Abas­­te­­­­cimento, a Seab], na Rua dos Funcionários. Temos 641 servidores, salas, móveis, 592 automóveis e dezenas de postos pelo interior do estado. Vamos contratar mais 499 servidores, dois terços deles técnicos agrícolas e os demais, veterinários e agrônomos. A formação e organização do quadro vai até 2013.

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Como fica a estrutura da Adapar no interior do estado?

Temos postos que não estão em atuação e serão reativados, e postos que precisam de reforço. Em algumas regiões, não se justifica um posto sanitário. Haverá uma recomposição e uma reestruturação. A fiscalização do trânsito agropecuário será intensificada, nas unidades fixas e nas volantes.

Haverá alguma mudança estrutural em campanhas como a da vacinação contra a febre aftosa?

Estamos em plena campanha de vacinação até o fim de maio. Todos os bovinos e búfalos com até 2 anos precisam ser vacinados. Em novembro, a imunização será obrigatória para animais de todas as idades. Comandar a campanha vai ser uma das atribuições da Adapar. Vamos estimular não só as vacinas obrigatórias. O Pa­­raná tem que provar que tem estrutura não só oficial, mas também do produtor. O setor privado também tem sua estrutura, com técnicos e veterinários de cooperativas e empresas, professores de universidades. O foco não será mais a doença, mas promover a qualidade sanidade vegetal e a saúde animal.

Será possível alcançar o status de área livre da afto­­sa sem vacinação até 2013?

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Vamos valorizar as boas prá­­­­ticas, valorizar o trânsito controlado. Como um todo, isso dá um outro status. Em menos de 24 horas, uma área com problema sanitário grave tem de ser isolada. É essa estrutura que vai nos proporcionar o crédito, o reconhecimento de que nós temos condições livres de qualquer doença. Não tem data marcada para sermos livres da aftosa sem vacinação; tem data marcada para termos uma estrutura segura mesmo não vacinando.

Isso representa mudança de política?

A sanidade passa a ser um ativo do estado, porque os produtos valem mais, para a indústria que fica habilitado, para o produtor que ganha mercado, para os proprietários de terra têm o imóvel valorizado.

Qual o orçamento da Adapar?

Ainda não levantamos esses números. Mas, se necessário, vamos pedir incremento. A Adapar integra a rede de organizações ligadas à Secretaria da Agricultura, mas tem autonomia técnica, financeira e administrativa.

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Quando entra em vigor a cobrança de taxas da Adapar?