Além de equipamentos agrícolas e veículos, nesta safra, o produtor também pode comprar motocicleta para usar na lavoura. A novidade é resultado do acordo entre o governo federal e a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e similares (Abraciclo).
O crédito para a compra de motocicletas será disponibilizado pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf ), linha do Banco do Brasil. O financiamento tem prazo de até 10 anos, carência de três anos e taxas de juros que variam de 2,5% a 5,5% ao ano.
Apenas as motos catalogadas no Pronaf podem ser adquiridas por meio da nova linha de crédito rural. Ao todo são oito modelos de motos on/off-road dos fabricantes Honda e Yamaha, além de motores estacionários, motores de popa e até o quadriciclo Honda TRX 420 Fourtrax. As motos têm motores de um cilindro e com capacidade cúbica entre 150 e 250 cc. Os preços sugeridos variam de R$ 10.241 a R$ 16.490.
Segundo Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, o uso mais comum da motocicleta, na lavoura, é na substituição da tração animal. Elas são usadas em aragem, inspeção, pulverização, transporte de rações, água, sementes e distribuição de adubo. E os quadriciclos têm papel importante no apoio ao transporte de máquinas agrícolas para pulverização ou no carregamento da colheita e semeadura, com a vantagem de ter alta capacidade de tração.
Atualmente, quadriciclos, motores de popa e motores estacionários usados para transportar geradores de energia e moagem já são adquiridos pelo produtor rural por meio de linha de crédito especial. Atualmente, existem 4 milhões de famílias agrícolas cadastradas no Pronaf.
O secretário especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário, Jefferson Coriteac, informa que a linha de crédito para motocicletas ficará em vigor até o dia 31 de dezembro de 2021. Segundo Coriteac, o governo tomou cuidado para que não ocorram desvios da finalidade no uso das motos. “São motos adaptadas para o manuseio na área rural, tocar o gado, fazer outras atividades”, disse, citando a substituição da tração animal.
De acordo com o secretário, outra finalidade do programa é combater o êxodo rural. “Queremos que o jovem do campo fique no campo. Que seus filhos criem seus filhos, seus netos e que a vida continue no campo”, diz .
Menos é mais? Como são as experiências de jornada 4×3 em outros países
Banco americano rebaixa Brasil e sobe classificação das ações da Argentina
Ministro da Defesa diz que investigação vai acabar com suspeitas sobre Forças Armadas
Janja “causa” e leva oposição a pedir regras de conduta para primeiras-damas