Os veranicos e o calor da safra 2013/14 abriram vitrine para produtos de nutrição vegetal que são considerados uma "injeção na veia" da soja e do milho nas horas difíceis. Áreas bem servidas de fósforo, nitrogênio, potássio, magnésio, zinco e demais substâncias apresentaram produtividade próxima do normal mesmo submetidas a estresse hídrico. Se depender das expectativas das indústrias do setor, o uso de nutrientes adicionais vai crescer cerca de 15% em 2014/15.
"Os solos do Brasil são pobres em nutrientes. Os fertilizantes líquidos aplicados durante o ciclo funcionam como uma injeção na veia. Quando as plantas apresentam sintoma de alguma carência nutricional, ajudam a rebater esse déficit", explica o produtor Ely de Azambuja Germano Neto, proprietário da Fazenda Mutuca, em Arapoti (Campos Gerais). Com a colheita em fase final, ele conta que, nesta temporada, esse efeito ficou evidente.
Sua fazenda recebe nesta semana, pelo quarto ano consecutivo, cerca de 500 produtores do Brasil e de países vizinhos. A construção do solo, o manejo e as tecnologias usadas na lavoura são detalhadas aos visitantes no NutriAção, um evento realizado pela Agrichem, indústria de fertilizantes há 14 anos no Brasil.
Quarta-feira (02) foram recebidos produtores de Mato Grosso, Piauí, Bahia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, além de Argentina e Paraguai. Nesta quinta (03), participam agricultores do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e da Venezuela. Definido por convites diretos da Agrichem, o público é de grandes produtores dispostos a refinar o cultivo de grãos.
"Tivemos incremento de 10% nas vendas no último ano e agora esperamos crescimento de 15%", disse o diretor Comercial da indústria, José Ribeiro. A empresa espera faturamento de R$ 200 milhões.
Ribeiro faz uma ressalva em relação à expectativa sobre os fertilizantes líquidos. "A matéria-prima funciona, mas exige conhecimento profundo do sistema de produção e do produto." A orientação técnica tende a definir o próprio resultado das soluções agrícolas.