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Agricultura atrai investimento de multinacional na industrialização de insumos

O Brasil será não só o maior produtor de alimentos, mas também de agroquímicos para a agricultura. A avaliação é da Bayer CropScience, líder mundial no segmento em 2007. Na conferência anual realizada em sua sede, em Monheim, na Alemanha, a multinacional divulgou para jornalistas de todo o mundo que essa perspectiva vai direcionar seus investimentos.

O presidente do Conselho Administrativo, Friedrich Berschauer, confirmou que, dentro do plano de investimento de R$ 8,8 bilhões até 2015, a indústria de Belford Roxo, no Rio de Janeiro, receberá R$ 36 milhões, enquanto a ampliação da produção de glifosinato em Muskegon, nos Estados Unidos, consumirá R$ 24 milhões. Por enquanto, os EUA são o maior mercado e vinham atraindo mais investimentos desse braço da Bayer. No primeiro semestre de 2008, entretanto, o mercado brasileiro de agroquímicos cresceu além do previsto e ficou 50% acima do registrado no mesmo período de 2007.

Os negócios da Bayer no Brasil abrangem insumos como herbicidas e fungicidas e sementes de culturas como algodão e arroz. A chegada do milho transgênico Liberty Link, que tem plantio comercial aprovado pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), deve ocorrer em 2009.

Os investimentos em biotecnologia da Bayer têm sido menores que os de outras multinacionais, mas o quadro tende a mudar. O departamento de biociência, que abrange pesquisas com transgênicos, teve seu orçamento de R$ 200 milhões/ ano triplicado. O pesquisador Michael Metzlaff diz que as novas pesquisas estão concentradas em produtos que garantem rendimento em condições climáticas ruins para as lavouras. Atualmente, considerada a renda com biotecnologia e sementes (royalties) junto à receita dos agroquímicos, a empresa alemã fica em terceiro lugar no setor, atrás de Syngenta e Monsanto.

Berschauer defende que o mundo precisa dar um novo salto em produtividade e a saída é intensificar as pesquisas. Com algodão, soja e milho transgênicos, o Brasil é o terceiro maior produtor de grãos modificados, atrás apenas de Estados Unidos e Argentina. A ampliação dessas lavouras, no entanto, não deve abater a demanda por agroquímicos, prevê a Bayer. A empresa acredita estar diante de um mercado crescente.

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