Ribeirão Preto, São Paulo -- A Agrishow, principal feira de negócios de máquinas agrícolas do Brasil, começou nesta segunda-feira (27) com a meta de repetir o desempenho do ano passado. Conforme estimativa da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), uma das realizadoras do evento, a expectativa é gerar R$ 2,7 bilhões em negócios nesta edição, mesmo faturamento da edição de 2014. O evento vai até sexta-feira (01 de maio).
Segundo o vice-presidente da Abag, Francisco Matturro, os juros atuais ainda estimulam compras de maquinário agrícola, mas ele demonstrou incertezas em relação ao pacote de financiamentos subsidiados pelo governo na próxima temporada. "Ninguém sabe o que esperar para o Plano Safra 2015/16. Pode ser um plano safra que não financie um volume tão grande", disse Matturro.
Os juros e volume de recursos do Plano Safra 2015/16 podem vir em piores condições do que as atuais, segundo o representante da Abag, que acredita que os produtores possam tirar vantagem na Agrishow antes das mudanças. De acordo com Maduro, atualmente 90% dos investimentos em máquinas agrícolas são feitos por financiamentos.
Crédito
Em entrevista coletiva após a solenidade de abertura da feira a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Kátia Abreu declarou que os juros do próximo Plano Safra serão próximos "de neutros". Ela reafirmou que anúncio oficial será feito em 19 de maio e antecipou que o preço mínimo do trigo terá reajuste de 4,5%. O valor atual é de R$ 33,45 pela saca de 60 quilos.
Tensão
Durante a solenidade de abertura um grupo de cerca de 50 pessoas ligado ao movimento Muda Ribeirão protestou e pediu o impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff. Os alvos dos manifestantes foram o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP), presente no evento, e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli.
Com as mesmas camisetas e faixas utilizadas nos protestos de 15 março e 12 de abril, o grupo acionou buzinas e vaiou os representantes do governo federal, ao mesmo tempo em que aplaudiu os membros da oposição, como o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Não houve conflito com os manifestantes.
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