A edição número 20 da Agrishow começou ontem com previsão de faturamento de R$ 2,5 bilhões de 160 mil visitas até sexta-feira. Além dessas marcas recordes, os organizadores informaram que o evento agro que mais registra negócios no país deve criar raízes em Ribeirão Preto (SP). O local da feira, que era liberado a cada edição, foi cedido oficialmente para as próximas três décadas. O acerto vem sendo negociado há três anos e favorece o planejamento no longo prazo. Permite aos expositores construírem estandes de alvenaria, como os usados na Expointer, no Rio Grande do Sul, e na ExpoLondrina, no Paraná.
O Pólo Regional de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios do Centro-Leste abrigou a Agrishow durante todas as edições. Apesar disso, o espaço cedido pelo governo de São Paulo precisava ter a concessão renovada anualmente. Maurílio Biagi, presidente da Agrishow, disse que a cessão passa a valer por 30 anos, até 2043. Ele explica que o fato permite investimentos em infraestrutura. “Isso abre uma perspectiva enorme para a feira. Antes não era possível fazer nada muito definitivo.”
Para este ano, o dirigente do evento estima que os negócios sejam fomentados pelo bom andamento da safra de grãos. “Estamos muito otimistas. As linhas de crédito são abundantes, há inclusive linhas com juro zero e os bancos têm recursos disponíveis”, complementa. Além de máquinas e implementos, outros mercados também são aquecidos durante a feira. Em 2012 foram vendidos 10 aviões e neste ano haverá um estande destinado à revenda de helicópteros.
Biagi diz que a feira mantém líderança em faturamento em boa medida por seu caráter estritamente profissional, sem a realização de shows ou outras atrações. Além disso, ele destaca a possibilidade de os visitantes testarem e verem na prática o funcionamento dos equipamentos. “Não é uma feira só de exposição, é possível por a mão na massa”, completa.
O jornalista participa da Agrishow a convite da Mecânica de Comunicação.