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 | Dirceu Portugal / Gazeta do Povo
| Foto: Dirceu Portugal / Gazeta do Povo

Os compradores norte-americanos de etanol cancelaram ou adiaram contratos para carregamentos do biocombustível do Brasil, disseram operadores nesta quarta-feira, assinalando o fim de uma oportunidade de negociações arbitrada que impulsionou uma onda de importações nos últimos meses, inchando os estoques dos EUA e afetando os preços.

Compradores dos Estados Unidos adiaram embarques originalmente agendados para o final do ano ou cancelaram em conjunto os embarques de 40 mil metros cúbicos, cerca de 252 mil barris, de biocombustíveis do Brasil, disseram três fontes.

A janela de importações foi “completamente fechada”, disse um operador dos EUA, citando o aumento dos preços no mercado físico de etanol no Brasil após a Petrobras decidir aumentar os preços da gasolina, impulsionando a demanda por biocombustível.

Os preços à vista do etanol no Brasil saltaram para uma máxima de 5 meses e meio, de US$ 1,741 por galão, recuperando-se das mínimas de seis anos atingidas em setembro, e enviando o combustível brasileiro para um prêmio acima do etanol norte-americano, que está sendo negociado em cerca de US$ 1,62 por galão no centro de entregas do Meio-Oeste dos EUA, em Argo, Illinois.

Isso tornou as importações de biocombustível de cana-de-açúcar menos atraentes para os compradores norte-americanos, que podem em vez disso comprar o etanol de milho produzido nos EUA, onde os preços continuam sob pressão por causa dos grandes estoques e aumento crescente de produção.

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