O preço médio do etanol hidratado nas usinas de São Paulo teve a segunda semana consecutiva de queda e atingiu na última sexta-feira o menor valor nominal desde 7 de novembro de 2014, com pressão da maior oferta no centro-sul do país e também por vendas de empresas que precisam recursos para cobrir compromissos financeiros.

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Entre 25 e 29 de maio, o Indicador Cepea/Esalq do hidratado foi de R$1,2064/litro (sem impostos), recuo de 1,4% em relação ao período anterior, valor que só fica acima do R$1,1853 registrado no início de novembro.

"Na última semana, os preços do etanol hidratado tiveram nova queda nas usinas paulistas, em decorrência principalmente da maior oferta (produto da safra nova somado à necessidade de caixa de grande parte das usinas)", disse o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da USP, em análise nesta segunda-feira.

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As vendas de etanol hidratado têm sido fortes neste ano, com os consumidores aproveitando a melhor competitividade do biocombustível frente à gasolina, pontuou o Cepea, citando dados da Agência Nacional Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) que apontaram aumento de 3,5% no volume vendido em abril em relação ao mês anterior.

Foi também o maior volume mensal registrado desde o final de 2009, atingindo 1,5 milhão de metros cúbicos. No acumulado do quadrimestre, as vendas de hidratado estiveram 32,5% maiores que as registradas em igual intervalo de 2014.

O indicador diário do hidratado posto Paulínia Esalq/BM&FBovespa, por sua vez, teve média de R$ 1.150/m3 (sem impostos) na sexta-feira, pequena alta de 0,3% em relação à sexta anterior.

O Cepea disse que a menor oferta de produto de outros Estados em São Paulo, em decorrência das chuvas, ajudou a sustentar as cotações deste indicador.

Segundo o agrometeorologista da Somar Marco Antônio dos Santos, o tempo deve seguir chuvoso nas principais regiões produtoras de cana até terça-feira. Já na quarta-feira, a expectativa é de chuvas apenas isoladas. Com o tempo úmido, as máquinas não podem entrar nos canaviais para a colheita, o que afeta a moagem e a produção de etanol e açúcar.

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O preço do açúcar cristal também foi pressionado pelo desenvolvimento da safra de cana, afirmou o Cepea, apontando recuo de 2% na última semana.