A safra de cana-de-açúcar da região Centro-Sul do Brasil deverá subir 3% em 2015/16, com recuperação das produtividades após uma seca na temporada passada, enquanto a produção de açúcar subirá mais que a de etanol, por influência do câmbio, apontou nesta segunda-feira (13) a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em sua primeira projeção para nova temporada.
A área a ser colhida no Centro-Sul, responsável por 90% da oferta brasileira, vai subir 0,5%, enquanto a produtividade deverá crescer 2,5%, apontou a Conab, citando uma recuperação dos canaviais de São Paulo, principal estado produtor, após o impacto de uma seca na safra passada. Com isso a produção de cana da região deverá atingir 592,7 milhões de toneladas na nova temporada, que está começando a ser colhida, ante 575,4 milhões em 2014/15.
A estatal destacou que foram observadas condições desfavoráveis para o desenvolvimento da cana-de açúcar na maior parte do Centro-Sul em outubro de 2014 e janeiro de 2015, principalmente, com chuvas abaixo da média e registros de altas temperaturas. "Apesar disso, as chuvas, na maior parte da região, dentro ou acima da média em novembro, dezembro, fevereiro e março contrabalançaram esse cenário negativo", diz o relatório.
A produção de açúcar do Centro-Sul em 2015/16 foi estimada em alta de 5,4% ante a temporada anterior, para 33,72 milhões de toneladas. Já a produção total de etanol, incluindo hidratado e anidro, deverá subir 1,4% na nova safra, para 26,89 bilhões de litros.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) explicou que o crescimento mais acentuado na produção de açúcar do Brasil, maior produtor e exportador global, será resultado de uma taxa cambial favorável às vendas externas. "O câmbio favorece o fechamento de contratos para exportação de açúcar", destacou o diretor do Departamento de Cana-de-açúcar e Agroenergia do Mapa, Cid Caldas. O dólar acumula valorização de mais de 16% ante o real desde o início do ano.
Retomada nacionalA moagem de cana nas regiões Norte e Nordeste do Brasil deverá subir 4,3% em 2015/16, para 61,9 milhões de toneladas, segundo a Conab. A produção de açúcar da região deverá subir 2%, para 3,6 milhões de toneladas, enquanto a de etanol crescerá 8%, para 2,31 bilhões de litros.
Com esse resultado o Brasil caminha para uma colheita de 654,6 milhões de toneladas de cana em 2015/16, superando em 3,1% as 634,8 milhões de toneladas da safra anterior. A maior parcela da produção será destinada à fabricação de etanol, que detém 56,2% do total colhido.
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