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Agronegócio derruba inflação. Na prática: comida mais barata na mesa

Produtos como arroz, feijão, batata-inglesa, banana, entre outros ficaram bem mais baratos para a população ao longo deste ano. | Leticia Akemi/Letícia Akemi / Gazeta do Povo
Produtos como arroz, feijão, batata-inglesa, banana, entre outros ficaram bem mais baratos para a população ao longo deste ano. (Foto: Leticia Akemi/Letícia Akemi / Gazeta do Povo)

Além de impulsionar os recordes da balança comercial, o agronegócio tem sido determinante para a queda da inflação e para a retomada da economia brasileira, apontou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro.

Com a grande oferta de alimentos devido ao aumento da produção agropecuária, em especial à supersafra de grãos, os preços caíram e a inflação, que chegou a atingir dois dígitos no ano passado, agora está em 2,77%. “Os preços caíram tanto que a inflação caiu mais ainda. Quer dizer, é uma culpa muito gostosa que o setor agropecuário recebe”, afirmou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi. “Estamos falando do setor que mais contribui para política econômica do País.”

Na inflação de novembro, que avançou apenas 0,28%, o grupo de alimentações e bebidas apresentou queda de preços pelo sétimo mês seguido. Produtos como arroz, feijão, batata-inglesa, banana, entre outros ficaram bem mais baratos para a população ao longo deste ano.

Nos últimos 12 meses, a variação acumulada desse item chega a -5,3%, muito próxima da variação no ano, que é de -5,25%. Assim, o impacto da queda do item alimentação no IPCA acumulado em 12 meses é de -0,84 ponto percentual.

Em novembro, as principais quedas em relação a outubro ocorreram com o feijão carioca (-8,40%), ovos (-3,28%), farinha de mandioca (-4,78%), e tomate (-4,64%) e açúcar (- 4,93%).

No acumulado em doze meses, as variações de subitens mais significativas são: cereais, leguminosas e oleaginosas, que inclui arroz e diversos tipos de feijão, (-26,5%); frutas (-14,83%); açúcares e derivados (-13,64%); leites e derivados (-7,23%); e aves e ovos (-5,25%).

Balança comercial

Outro destaque influenciado pela agropecuária é a balança comercial, que mede todas as trocas realizadas entre o país e o restante do mundo. Em 2017, pela primeira vez, ela atingirá um recorde positivo entre US$ 65 bilhões e US$ 70 bilhões, nas contas do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

Dados divulgados nesta sexta-feira (15) pela Fundação Getulio Vargas (FGV) mostram que as exportações de produtos agropecuários subiram 115,2% apenas em novembro, o maior crescimento para o setor desde 2013.

Crescimento econômico

No acumulado até o terceiro trimestre, o setor agropecuário cresceu 14,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. Crescimento semelhante foi observado apenas na indústria extrativa, que avançou quase 6% no mesmo período.

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