O novo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, disse nesta sexta-feira (8), que o agronegócio é a saída para crise econômica que o país atravessa. Segundo Maggi, que esteve no Paraná pela primeira vez desde que assumiu o ministério, o setor, atualmente, tem mais condições para abrir novos mercados e garantir que o Brasil se recupere o mais rápido possível. “A indústria vai levar alguns anos para se recuperar. Nós vivemos um bom momento e podemos ser protagonistas da recuperação”, afirmou.
Num encontro com lideranças, realizado na sede do Sindicato e Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), em Curitiba, o ministro disse que está trabalhando pela abertura de novos mercados e o que setor precisa se internacionalizar. “É uma das nossas prioridades. Seremos bastante agressivos nesta questão”. Maggi ressaltou, no entanto, que acordos de exportação abrem uma via de mão dupla. “Estamos abrindo para ir para lá e para eles viram para cá. Assim, haverá concorrência em algumas peças e os preços podem cair aqui”.
Agrônomo formado pela Universidade Federal do Paraná, Maggi enfatizou que se considera um paranaense e que as portas estão abertas para o setor. “A visão do novo governo, ideologicamente, é totalmente diferente. Vamos trabalhar juntos para resolver os problemas da Agricultura”.
Sugestões
Ainda nesta sexta-feira, o ministro recebeu uma lista com dez sugestões para a melhoria do agronegócio no país. Entre os pontos principais, estão o financiamento agrícola, o seguro rural e a prevenção, o controle e a erradicação de doenças e pragas que afetam a produção.
Os produtores pediram ao ministro que estude a possibilidade de mudanças na política de financiamento rural, com juros mais baixos, especialmente para investimento. Com relação ao seguro rural, Blairo Maggi anunciou que está ouvindo os setores para apresentar mudanças.
O setor produtivo defendeu mudanças na fiscalização do abate de animais. Os produtores querem que o trabalho seja feito por médicos veterinários credenciados, tendo em vista que a União não tem fiscais suficientes.
O presidente da Ocepar, José Roberto Ricken, anunciou apoio à proposta de criação do Plano Plurianual Agrícola e defendeu o aprimoramento da política de negociação e contratação de seguro, universalizando a subvenção.
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