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Balança Comercial

Agronegócio representa quase metade das exportações brasileiras em março

Período da colheita de soja, que vai até maio, favoreceu as exportações: 46,5% das vendas externas do agronegócio. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Período da colheita de soja, que vai até maio, favoreceu as exportações: 46,5% das vendas externas do agronegócio. (Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo)

O agronegócio rendeu ao Brasil US$ 8,73 bilhões em exportações no mês de março, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (12) pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Com importações de US$ 1,4 bilhão, houve crescimento da balança comercial do agronegócios: US$ 7,34 bilhões em março, 2,3% a mais que o mesmo mês no ano anterior.

O valor das exportações é recorde para os meses de março, segundo o MAPA, e representa 43,5% da soma total das vendas externas brasileiras no mês passado.

O principal importador dos produtos brasileiros do agronegócio foi a China: total US$ 3,44 milhões, o que representa praticamente 40% das vendas do setor a outros países. Em março de 2016, esse dado era de 33%. O montante de vendas agro ao mercado chinês cresceu 25%, comparado ao mesmo mês no ano passado.

Soja lidera exportações do agronegócio

O atual período da colheita de soja, que vai até maio, favoreceu as exportações: 46,5% das vendas externas do agronegócio foram relacionadas ao produto. Isso inclui operações de soja em farelo, óleo e grãos - este último produto, sozinho, somou US$ 3,5 bilhões em negócios, 20% a mais que março do ano passado.

Após o complexo soja, os setores com maior importância total de operações foram as carnes (15%) e os produtos florestais (10%).

Exportações de suínos: arrecadação sobe, exportações diminuem

Ainda que seja as exportações de carne bovina e de frango se mantenham maiores que a suína, as exportações de carne de porco cresceram 38% em valor comparado ao ano passado, somando US$ 150 milhões em vendas. O boom aconteceu por conta do aumento de 44,8% da cotação do produto no mês de março. Já o volume comercializado teve queda de 5%.

Segundo a Associação Brasil de Proteína Animal, no primeiro trimestre do ano, a arrecadação total desse tipo de carne foi quase 50% a mais do que o ano passado - US$ 403,7 milhões contra US$ 275 milhões.

“O fluxo das exportações de carne suína do Brasil vem em bom ritmo neste ano. Nosso maior importador, a Rússia, já demonstrou publicamente absoluta confiança na qualidade do produto brasileiro, que é monitorado pelas autoridades sanitárias do Leste Europeu e de todos os outros países importadores. Acreditamos que os efeitos negativos causados pelos equívocos na divulgação da Operação Carne Fraca se dissipem rapidamente”, opina Francisco Turra, presidente-executivo da ABPA.

Em março deste ano, a porcentagem de crescimento de valor de vendas de suínos foi quase 30 pontos percentuais maior do que a carne de frango, que acendeu 11,7% em arrecadação – total de US$ 644 milhões. Já os bovinos tiveram queda de 3,3% em valor arrecadado, com US$ 486 milhões e queda de 11% em volume embarcado.

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