Depois de ter fixado um limite de R$ 17,5 milhões para despesas com concessão de diárias e passagens, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento decidiu ampliar o valor para R$ 36,210 milhões. Na portaria que instituiu a mudança, assinada pela secretária-executiva, Mila Jaber, a justificativa é de que a decisão ocorreu "atendendo à necessidade de racionalização das despesas com a concessão de diárias e passagens".
O gabinete da ministra, que até 10 de junho tinha R$ 700 mil de limite, agora poderá gastar R$ 2,1 milhões com diárias e passagens. Para a secretaria-executiva, o valor saiu de R$ 390 mil para R$ 940 mil; a Defesa Agropecuária teve o maior incremento, passando de R$ 11,5 milhões para R$ R$ 26,1 milhões. A Secretaria de Política Agrícola saiu de R$ 900 mil para R$ 1,050 milhão.
Com o ajuste fiscal em curso, Orçamento tem sido uma das principais preocupações no Ministério da Agricultura. Nesta terça-feira (11) a secretária-executiva passou a maior parte do dia debatendo o assunto. Pela manhã ela se reuniu com os secretários André Nassar (Política Agrícola), Caio Rocha (Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo) e Décio Coutinho (Defesa Agropecuária) para ajustar as contas. Durante a tarde ela se reuniu com Esther Dweck, Secretária de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento.
Dados do Portal da Transparência mostram que apenas em 2015 a pasta gastou R$ 13,570 milhões com diárias, contando as despesas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira. Gastos com diárias lançados no portal como exclusivos da pasta somaram R$ 6,836 milhões. Já os gastos com passagens e despesas com locomoção estão em R$ 7,254 milhões.
Disputa no campoAs relações do Ministério da Fazenda com o agronegócio também mobilizam os produtores. Ontem cerca de 100 integrantes da Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag/RS) protestaram em frente ao prédio do Ministério. O pedido era para que fosse protocolado um documento com diversas reivindicações, entre elas a liberação de recursos do crédito fundiário.
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