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Perto de 60% das lavouras paranaenses já foram plantadas. Os pro­­dutores do Norte estão concluindo a tarefa, enquanto Oeste e Su­doeste atingem 70% da área re­­servada para a semeadura. Dados re­­ferentes às regiões Sul, Campos Gerais e Centro, últimas na escala de plantio, também já foram consolidados. A avaliação geral é que o produtor não esqueceu o excesso de chuva nem os problemas de co­­mercialização da última safra. Sem expectativa de aumento significativo nas cotações, mostra-se re­­­traído ante a triticultura, principal opção de larga escala no inverno.

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O índice de 14% de redução de área não representa queda de produção por enquanto. O clima favorável ao trigo, com mais frio e menos chuvas que em 2009, promete elevar a produtividade em 20%, para 2,47 mil quilos por hectare. Considerando os 621,35 mil hectares destinados à semente pelas cooperativas que participaram do levantamento, a produção do grupo deve chegar a 1,53 milhão de toneladas, resultado 3% maior que o de 2009.

As 11 cooperativas – Agrária, Batavo, Castrolanda, Coamo, Coasul, Cocamar, Coopavel, Copacol, Corol, C. Vale e Integrada – são responsáveis por 55% da área plantada e 56% da produção estadual de trigo. Usando suas previsões de redução de área e aumento da produtividade como média, a colheita do Paraná deve passar de 2,67 para 2,75 milhões de toneladas. O volume é menor que os registrados em 2003, 2004, 2005 e 2008 pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Este é o segundo ano em que o Caminhos do Campo e a Ocepar realizam avaliação conjunta sobre a área de trigo. No plantio de 2009, o trabalho antecipou tendência de ampliação de 10% do cultivo. O potencial produtivo, que era recorde, para 3,2 mi­­lhões de toneladas, foi derrubado pelo ex­ces­­so de chuvas. O Departamento de Economia Rural (Deral) da Se­­cre­­taria Estadual da Agricultura (Seab) estima que tenham sido colhidas 2,67 milhões de toneladas, enquanto a Conab mantém estimativa de 2,54 milhões de toneladas para o estado.

 

As previsões climáticas positivas tiveram pouca influência so­­bre o ânimo dos produtores diante do quadro de oferta excessiva no último ano, avalia Robson Ma­­fioletti, analista da Ocepar. Ele considera que a retração não foi maior pela importância do cereal na distribuição dos custos anuais da produção agrícola e no sistema de rotação de culturas.

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