Depois de uma retração de 3,5% em 2016, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio deve voltar a crescer em 2017. Projeção do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes), divulgado na última semana, prevê um crescimento de 6,2% para a soma de todas as riquezas produzidas pelo setor. A safra recorde de grãos é o que deve impulsionar a atividade agropecuária do Estado.
Conforme os números do Ipardes, o resultado desse ano no campo para o Paraná deve ser melhor do que a média brasileira. Projeções de mercado, como a divulgada pelo Banco Central, apontam para um crescimento de 4% no PIB da agropecuária brasileira em 2017.
“Depois de um ano anterior ruim, com perdas da produção, por conta do clima, a agropecuária volta a ser um motor da economia do Paraná em 2017”, afirmou Julio Suzuki Júnior, diretor-presidente do Ipardes, no site oficial da organização.
A soja deve ser o grande destaque. A previsão de safra, que apontava para uma colheita de 18,3 milhões de toneladas de soja, foi estendida para 18,6 milhões de toneladas, com potencial de superar os 19 milhões, volume nunca antes colhido no Estado, de acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura. A colheita da soja já atingiu 35% da produção do Estado.
Somente a safra de verão (soja, milho e feijão) deve somar 23,6 milhões de toneladas, 16% acima do ano passado, quando foram colhidos 20,25 milhões no mesmo período.
Ao todo, incluindo a safra de inverno, que incluem trigo e milho da segunda safra, a previsão é que o Estado colha o recorde de 40 milhões de toneladas, 13,6% mais que o ano passado (35,2 milhões de toneladas).
Pecuária
A expectativa também é positiva para a pecuária, principalmente a produção de frango e suínos, por causa da queda no preço do milho. O impacto positivo da agropecuária na economia do Paraná também deve ser maior do que a média nacional, já que o setor tem uma participação significativa na economia do Estado - representa 9,5% do total do PIB. Se considerada a cadeia do agronegócio, a representatividade chega a 30%.
“Existe um efeito multiplicador muito grande da agropecuária. A renda obtida pelo produtor ajuda a movimentar o comércio e os serviços das regiões produtoras”, diz Suzuki Júnior.
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