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Balanço

Após ano de recordes no mundo, USDA prevê redução de colheita na safra 2017/18

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(Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo)

O mundo se prepara para uma colheita de 1,38 bilhão de toneladas de soja (25% do total) e milho (75%) na temporada 2017/18. Essa é a projeção do USDA, o departamento de agricultura dos EUA, divulgada na tarde desta quarta-feira (10). O cálculo dos norte-americanos toma como base as médias histórica de produtividade.

Em números gerais, o volume representa uma queda de 2,5% em relação à safra 2016/17, que está terminando de ser colhida no Hemisfério Sul e apresentou recordes em praticamente todas as commodities, cultivadas nos principais polos agrícolas mundiais.

Soja

De acordo com o USDA, a produção de soja nos EUA na safra 2017/18, cujo plantio já começou e tem sido atrapalhado pelo excesso de chuvas, ficará na casa de 115,8 milhões de toneladas, uma redução de 1,2% na comparação com o ciclo passado, mesmo com um aumento de área estimado em 7,25%. A expectativa é de que o país semeie 36,2 milhões de hectares com a oleaginosa.

Para o Brasil, o departamento elevou em 600 mil toneladas a estimativa de produção para a safra atual (2016/17). Segundo o USDA, a colheita deve alcançar 111,6 milhões de toneladas no país, ao passo que, para o ciclo 2017/18, os norte-americanos preveem uma produção de 107 milhões de toneladas. Vale ressaltar que, como houve quebra em safras anteriores, a produtividade média considerada acaba sendo mais baixa do que as tendências climáticas apontam. Em relação às exportações brasileiras, não houve alterações, sendo mantido o número de 61,9 milhões de toneladas.

Ainda na América do Sul, os números para a Argentina também subiram: de 56 milhões de toneladas projetadas no relatório anterior, o USDA calcula agora uma colheita de 57 milhões de toneladas para no ciclo 2016/17. Na safra 2017/18, conforme o documento, a colheita no país deve ser exatamente igual.

Os aumentos de produção divulgados fizeram com que os estoques também fossem para cima, passando de 87,4 milhões de toneladas para 90,1 milhões de toneladas, mesmo com uma leve redução no consumo interno dos EUA e da Argentina.

Milho

No caso do milho, destaque para a elevação na produção estimada para o Brasil na temporada 2016/17. Os norte-americanos preveem que o país irá colher 96 milhões de toneladas. No último balanço, a estimativa era de 91,5 milhões de toneladas. Para a safra 2017/18, que, para o Brasil, começará com o plantio do milho verão no segundo semestre, o USDA calcula 95 milhões de toneladas. Outro ponto que chama a atenção no relatório é o de exportações: o USDA acredita que o Brasil deva embarcar 34 milhões de toneladas em 2017, 2 milhões de toneladas a mais do que o divulgado no documento anterior.

Na Argentina, a colheita, de acordo com o USDA, deve ficar em 40 milhões de toneladas, contra os 37,5 milhões de toneladas previstos anteriormente. Na comparação com o ciclo 2015/16, quando houve quebra na América do Sul, o aumento é de 11 milhões de toneladas.

Com isso, os estoques finais de milho passam de 223 milhões de toneladas, conforme previsão de abril, para 223,9 milhões de toneladas.

Para os EUA, a produção no ciclo 2017/18 deve ser de 357,27 milhões de toneladas, redução de 7,14% na comparação com a safra 2016/17. Além da produtividade, que no ano passado foi amplamente amparada pelo clima, a área também é 4,26% menor, totalizando 36,4 milhões de hectares.

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