Após corte de 2 milhões de toneladas, Deral mantém projeção para safra 2013/14 no Paraná

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O Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e Abastecimento (Seab) divulgou nesta quinta-feira (27) uma nova estimativa para a safra 2013/14 de grãos. Depois de cortar mais de 2 milhões de toneladas entre as previsões janeiro e fevereiro -- reflexo da quebra climática -- o levantamento deste mês aponta ligeira recuperação das lavouras no estado.

A safra de soja deve render 14,49 milhões de toneladas, acréscimo de 40 mil toneladas em relação à estimativa anterior. A produtividade média esperada é de 2,9 mil quilos por hectare. Até agora 79% dos 4,9 milhões de hectares cultivados já foram colhidos -- avanço de 5 pontos porcentuais em relação à semana encerrada em 17 de março.

No caso do milho primeira safra houve ligeiro ajuste para baixo. O estado deve colher 5,4 milhão de toneladas, 70 mil toneladas a menos do que o calculado em fevereiro. 63% dos 668 mil hectares dedicados ao cereal já foram colhidos, salto de 8 pontos porcentuais em relação à semana anterior.

O rendimento da área de milho safrinha também foi ajustado. A colheita deve render 9,9 milhões de toneladas, em uma área de 1,9 milhão de hectares. O Deral indica que restam menos de 3% das lavouras para serem semeadas nesta semana.

Inverno

O Deral também divulgou a primeira estimativa para a próxima safra de inverno. O órgão prevê que área total vai crescer 15%, atingindo 1,4 milhão de hectares. O salto mais expressivo ocorre no trigo (23%) que neste ano vai chegar a 1,2 milhão de hectares, com potencial para produção de 3,6 milhões de toneladas. Conforme avaliação dos técnicos do Deral, o crescimento deverá ser concentrado nas regiões Norte e Oeste do Paraná.

A estimativa também confirma crescimento de 38% na área de soja safrinha (segunda safra), que chegará a 111 mil hectares. Embora não seja recomendado pelos técnicos, o cultivo da oleaginosa será uma tentativa dos agricultores obterem rentabilidade superior ao milho, que está com preços mais baixos do que em 2012/13.