| Foto: Divulgação/Bayer

A Bayer planeja cortar 12 mil empregos e sair do mercado de saúde animal para acalmar os ânimos dos investidores em Wall Street, devido às punições sofridas ao longo da aquisição da Monsanto por US$ 63 bilhões.

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A companhia alemã anunciou que uma série de estratégias, que incluem a saída de segmentos como protetores solares e de produtos para os pés, fortalecendo o foco em produtos de agricultura, como defensivos agrícolas. Os cortes podem representar a demissão de 10% da força de trabalho.

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A empresa está sob pressão dos investidores e está determinada a comprovar que o novo modelo de negócios faz sentido. A aquisição da Monsanto tornou a Bayer no maior grupo do mundo em vendas de agroquímicos e sementes, detendo ainda um guarda-chuva enorme de produtos farmacêuticos e de saúde.

Apesar disso, os investidores ainda não estão convencidos. As ações despencaram desde que a aquisição foi concluída.

A Bayer chegou a perdeu valor de mercado estimado em US$ 34,1 bilhões desde agosto, quando a Monsanto foi condenada a pagar R$ 1 bilhão a uma vítima de câncer, que alegou ter sido intoxicada por um herbicida baseado em glifosato. Na decisão, a corte entendeu que a Monsanto falhou em comunicar os riscos do produto.Ainda há outros 9 mil processos sobre o tema pendentes.

Decepção e cortes

O CEO da Bayer, Werner Baumann, garantiu: “Os anúncios [de possíveis cortes] não estão ligados à recente aquisição, nem aos casos de litígio sobre glifosato nos Estados Unidos. Não tem nada a ver”.

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Alguns investidores podem estar decepcionados com a política de reestruturação de curto prazo, a primeira decisão estratégica desde que o negócio com a Monsanto foi fechado.

Metade dos cortes de postos de trabalho deve, provavelmente, acontecer nas áreas corporativas e de suporte, enquanto outros devem ocorrer na divisão de ciência da agrícola adquirida da Monsanto. Outros devem acontecer em áreas de produtos farmacêuticos e na divisão de saúde do consumidor.

“Uma organização mais enxuta irá ajudar a sermos melhor vistos pelas mudanças exigidas pelo mercado e aumentar a agilidade”, afirmou o CEO.