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Depois de perder parte da produção de soja e milho para a seca, produtores do Sudoeste do Paraná estão apostando na safrinha para diluir os prejuízos das lavouras de verão. Conforme a colheita avança, o milho vai dando lugar ao feijão nos campos da região. Com preços quase três vezes superiores aos praticados em fevereiro do ano passado, a cultura promete boa rentabilidade a partir de março, quando começa a colheita da segunda safra da leguminosa. Atualmente, a saca de 60 quilos do carioca chega a valer até R$ 130 na região.

Com cerca de 80% do milho fora do campo, Vilson Munaretto tem 324 hectares cobertos com feijão na fazenda de 1,3 mil hectares que mantém no município de Bom Sucesso do Sul, a 40 quilômetros de Pato Branco. "Parte nasceu, mas outra parte ainda nem germinou. De tão seco que está, o solo virou uma espécie de armazém de semente. Já viu isso?"O produtor conta que pretende cultivar outros 12,5 hectares de feijão safrinha. Para isso, precisa antes concluir a colheita do milho. "Por enquanto estou tirando 170 sacas (8,8 mil quilos) por hectare. Espero fechar com média similar", revela. Faltando um mês para ficar pronta, a soja "ainda é uma interrogação", conta Munaretto. Espera atingir 49 sacas (2,9 mil quilos) por hectare, mas para isso depende de "pelo menos mais três boas chuvas".

A condição das lavouras de Munaretto reflete bem a situação da região, afirma Jonas Kirsten, gerente da unidade da Coasul em Bom Sucesso do Sul. A cooperativa reúne na região 10 mil hectares de soja e 3,5 mil hectares de milho verão. No ano passado, a soja rendeu em média 70 sacas (4,2 mil quilos) e o milho 186 sacas (11,2 mil quilos) por hectare. Neste ano, os índices devem cair cerca de 30%, calcula o técnico.

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