Com sobrecarga de gastos, o governo estadual adia a contratação de servidores públicos para controle sanitário e a assistência técnica rural no Paraná. O concurso foi realizado em 15 de junho do ano passado para a contratação de 600 servidores, sendo 400 para o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e 200 para a Agência de Defesa Agropecuária (Adapar).
Segundo o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, embora o governo entenda que as nomeações são necessárias, elas não devem ocorrer no primeiro trimestre do ano. “É absolutamente fundamental para a conquista do status sanitário de área livre da aftosa sem vacinação que até abril resolvamos esta questão. Precisamos de mais gente para cuidar deste grande ativo que são as proteínas animais do Paraná”, assume, referindo-se à Adapar.
Para a Emater, deve ser lançado novo plano de demissão voluntária, segundo o secretário. “Temos uma situação complicada na instituição, com o fechamento de alguns escritórios e um quadro de funcionários envelhecido. Com o plano, vamos abrir espaço para contratações.” A expectativa é reduzir a folha de pagamento em até R$ 15 milhões ao ano com as demissões. Sem concurso desde 1991, a Emater tem cerca de mil servidores e 400 vagas.
A Adapar convocou, entre agosto e outubro de 2014, um grupo de 197 aprovados em concurso para apresentação física e de exames médicos. Desses, 169 se apresentaram e foram considerados aptos a assumirem os cargos. Porém, nenhum foi nomeado ainda. As vagas são para 35 agrônomos, 72 veterinários, três técnicos de laboratório e 90 técnicos de meio ambiente.Desde 2013 essas contratações são adiadas. “A Adapar começou já com um quadro de pessoas aquém do necessário. Portanto, essas contratações são urgentes. Porém, é um processo longo e criterioso, temos que aguardar”, diz o presidente da agência, Inácio Kroetz. A instituição tem hoje 760 funcionários.
Segundo Kroetz, após a nomeação, os profissionais ainda precisarão passar por meses de treinamento com as equipes em atuação. “Quanto antes acontecer é melhor”, comenta.Uma técnica agrícola, que preferiu não se identificar, reclama da demora. “Fui chamada, levei as apresentações médicas e fui considerada apta. Mas, depois disso, não deram mais nenhuma informação. Eu saí do meu emprego em outubro. Desde então, estou esperando”, conta.
Fiscalização
A Adapar, responsável pelo controle sanitário, espera a contratação de 35 agrônomos, 72 veterinários, 3 técnicos de laboratório e 90 técnicos de manejo e meio ambiente.
assistência
A renovação da assistência técnica depende do preenchimento de 293 vagas para agrônomos e economistas, por exemplo. e 107 para extensionistas na Emater.
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