A Argentina chegou aos 5% finais do plantio de soja após um período de déficit hídrico, conforme relatório divulgado ontem pela Bolsa de Cereales, que prevê 20,4 milhões de hectares para a cultura. Segundo os técnicos, essa área é 1% menor que a inicialmente prevista, mas 2% maior que a de 2013/14.
Falta de chuva na região central de produção teria impedido expansão maior das lavouras, mas dois terços da meta de ampliação da safra foram cumpridos. A área a ser plantada nos próximos dias concentra-se ao norte, onde a janela agroclimática da semeadura ainda não se fechou.
As chuvas das últimas semanas deram um passo importante para que o país produza 55 milhões de toneladas, regularizando a situação de áreas secas. O plantio ao Norte deve ser concluído em boas condições climáticas, informa o boletim da Bolsa.
Isso num momento em que Brasil busca sustentar previsões de 96 milhões de toneladas – ante registro de falta de chuvas em boa parte do Centro-Oeste e do Centro-Norte – e Paraguai reduz suas projeções iniciais de 9,5 milhões para até 8 milhões de toneladas.
A vantagem climática da Argentina faz com que os três países (que só perdem para Estados Unidos na produção e exportação de soja) possam colher juntos cerca de 159 milhões de toneladas da oleaginosa até abril.
Peso sul-americano
51% das 314 milhões de toneladas de soja produzidas no planeta em 2014/15, conforme previsão do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, deverão sair do Brasil, da Argentina e do Paraguai, confirmam as projeções locais.
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