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Os fundamentos estão contra os preços de trigo. Além da safra paranaense que começa a chegar ao mercado, a Argentina acaba de informar que pretende ampliar o volume colhido na temporada e mais que triplicar suas exportações. O adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) no país vizinho disse ontem que a produção argentina tem potencial para alcançar 12,5 milhões de toneladas – 2 milhões de toneladas a mais que o resultado do ciclo passado. Além disso, o país tende a reconquistar maior fatia do mercado internacional, exportando 6,5 milhões de toneladas.

No ano passado, os argentinos embarcaram para o exterior somente 2 milhões de toneladas. O país vizinho é o principal fornecedor da indústria brasileira, mas por causa dos problemas com a oferta do produto e da diminuição nas vendas externas, acabou dando oportunidade para os Estados Unidos ocuparem seu lugar.

A isenção da Tarifa Externa Comum (TEC), que era de 10%, facilitou as operações de vinda de trigo da América do Norte no último ano. Agora, mesmo com a entrada da colheita de uma safra recorde no Brasil, a indústria nacional quer que a isenção da TEC seja prorrogada para além do próximo dia 15. Os produtores temem que os moinhos façam estoque e mantenham o comércio interno travado.

Desvalorização

14,2% É quanto caiu o preço médio do trigo praticado no Paraná somente em julho, refletindo o início da colheita recorde no estado. Ontem, a saca era cotada a R$ 34. No Brasil, queda é de 28% em onze meses, conforme levantamento do Cepea.

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