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Para dar vazão à produção de grãos, que também cresce no volume de milho, o Mato Grosso discute o aumento do consumo interno e a melhoria na infra-estrutura de transporte. O estado se vira como pode, utiliza rodovias, rios e ferrovias, mas ainda não consegue integrar os modais.

Entre as principais alternativas – sempre na intenção de encurtar o caminho para a exportação – está a conclusão da BR-163, que corta os estados de Mato Grosso e Pará e liga a zona agrícola ao porto de Santarém (PA). De Sinop e Sorriso, por exemplo, seria possível reduzir entre 500 e 600 quilômetros o percurso de 2.300 quilômetros feito até Paranaguá. Dos 1.750 quilômetros entre Cuiabá e Santarém, 990 ainda não estão pavimentados. A esperança dos produtores está no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que prevê recursos para a conclusão da rodovia.

Na avaliação de Nelson Piccoli, do Sindicado Rural de Sorriso, seria a "salvação da lavoura", embora problemas ambientais na estrutura do porto ainda imponham restrições à essa opção. O asfalto chega até Guarantã do Norte, a 53 quilômetros da divisa com o Pará. Para chegar a Santarém, destaca Piccoli, é preciso fazer um trecho da viagem pelo Rio Tapajós, a partir de Itaituba.

Outra opção é a integração de rodovias e ferrovias para a estruturação de um corredor em direção ao Leste, até a Ferrovia Norte-Sul. O projeto contempla a construção de uma estrada de ferro que atravessaria as regiões Centro-Oeste e Norte do país.

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