Uma das principais ações da Empresa Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), em seus 50 anos de existência, talvez tenha sido o fomento ao cooperativismo. Foram os técnicos da Emater que, na década de 70, trabalharam ao lado das cooperativas quando não dentro delas , conscientizando e convencendo agricultores de todo o estado a filiarem-se ao sistema. Se hoje o modelo cooperativo responde por mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária paranaense, muito se deve ao esforço desses profissionais.
Em seus inconfundíveis Fuscas brancos (veículo oficial da frota da empresa, que se imortalizou na memória dos paranaenses), os técnicos da Emater também tiveram e ainda têm participação fundamental na definição das políticas públicas voltadas à agricultura e à pecuária, em especial nos pequenos municípios do estado. Muitas prefeituras têm nos funcionários da estatal a principal, se não a única referência técnica de apoio ao desenvolvimento das pequenas propriedades rurais, muitas delas dedicadas à agricultura familiar, de subsistência.
Mas o tempo passou, a Emater foi transformada em autarquia (medida política que alterou o modelo de gestão) e muita coisa mudou. Os recursos encolheram, o quadro de pessoal foi reduzido à metade e o componente político entrou em campo para definir os novos rumos da empresa, agora Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural. Contudo, a empresa ainda sobrevive, não só do saudosismo da época do fusca ou das cooperativas, mas do resultado de um trabalho que transformou, para melhor, a vida no campo.
A Emater ainda é a única fonte de referência técnica a milhares de produtores rurais. E não poderia ser diferente, mesmo porque, nenhuma outra empresa, pública ou privada, dispõe de uma estrutura como a da Emater, presente em quase 100% dos municípios do Paraná. Somente as cooperativas têm uma participação territorial próxima dessa realidade.
Da produção primária à agroindústria, uma parceria técnica que continua transformando a realidade do agricultor e combatendo, num esforço permanente, o êxodo rural. Propriedades-modelo, em várias regiões do estado, são hoje a menina dos olhos dos extensionistas. Um resultado inquestionável de meio século de extensão rural.
E na intenção de traduzir um pouco do que foi e o que é a Emater, a edição de hoje do Caminhos do Campo traz uma reportagem especial mostrando parte dessa história que mudou a maneira de fazer agricultura no Paraná.
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