De acordo com a JBS, 795 colaboradores trabalhavam em atividades de desossa na unidade de Presidente Epitácio e foi oferecida a eles a possibilidade de transferência para outras unidades.| Foto: Divulgação/MPT

A audiência de conciliação entre JBS e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Presidente Prudente, agendada pelo Ministério Público do Trabalho, na Justiça do Trabalho de Presidente Venceslau, terminou sem uma conciliação entre as partes. O objetivo do encontro, realizado na tarde desta segunda-feira, 1, era debater o fechamento e o desligamento dos funcionários da unidade da empresa em Presidente Epitácio, anunciado no mês passado.

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O sindicato e o Ministério do Trabalho pediam a suspensão das demissões em massa, o que não foi atendido. O sindicato afirmou que o interesse é o de manter os empregos “não tendo uma contraproposta pecuniária no momento”. Disse, ainda, que as tratativas entre as partes ficaram paralisadas, após suspensão das demissões no dia 15 de junho.

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Na ata da reunião, a JBS afirma ser “inviável” a manutenção da unidade não apenas por questões fiscais mas, também, porque “a diretoria da empresa já deliberou sobre o fechamento da unidade”. A Justiça afirma que está disposta a realizar novas audiências de conciliações, caso haja um consenso.

No dia 18 de julho, a JBS informou ter encerrado as atividades do frigorífico de Presidente Epitácio. O fechamento da unidade havia sido suspenso em junho a pedido do governo de São Paulo, que negociava uma saída para reverter a demissão de 795 trabalhadores da unidade. A JBS alega que a decisão do governo estadual, de alterar em abril as regras tributárias, “tornou inviável a manutenção das atividades no local”.

De acordo com a JBS, 795 colaboradores trabalhavam em atividades de desossa na unidade de Presidente Epitácio e foi oferecida a eles a possibilidade de transferência para outras unidades. “Para aqueles que não puderem ou não aceitarem a transferência, a JBS promoverá o desligamento, de acordo com aquilo que prescreve a legislação, bem como todos os acordos e regras vigentes”, afirmou a empresa na época.