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Aviação executiva amplia espaço na Agrishow

Aviões de US$ 1,4 milhão custam o preço de duas colheitadeiras e meia. | Divulgaa§a£o/ofa­cio Da Imagem
Aviões de US$ 1,4 milhão custam o preço de duas colheitadeiras e meia. (Foto: Divulgaa§a£o/ofa­cio Da Imagem)

Ribeirão Preto (SP) -- Apesar de tratores e implementos ainda serem os principais destaques nos estandes da 20ª. edição da Agrishow, outros segmentos começam a ver o evento como um potencial palco de negócios. Em meio aos 790 expositores que permanecem até sexta-feira (03) na feira de Ribeirão Preto (Nordeste de São Paulo), o ramo da aviação mantém participação modesta  -- são apenas quatro empresas -- mas que já ocupa dois quarteirões dos 440 mil metros quadrados da área total do evento.

Mesmo com a presença de soluções voltadas a pulverização aérea, o domínio é de serviços para a aviação executiva. Para expor as aeronaves o trabalho começa bem antes da abertura ao público. Três dias antes da abertura da feira os aviões pousaram em uma curta pista de terra nos fundos do parque de eventos, para então taxiar rumo ao estande de exibição.

Dentre as empresas, a Tam destaca o avião Grand Caravan, que pode levar até nove passageiros e fazer um voo sem escalas entre São Paulo e Cuiabá. Já a Líder Aviação exibe o Baron G58, bimotor que comporta até seis pessoas a bordo e custa US$1,4 milhões. As duas empresas dão ênfase a capacidade das aeronaves fazerem pousos e decolagens em pistas com condições adversas com trecho curto e sem pavimentação -- situação relativamente comum para aterrizagens em fazendas. Outra novidade é a presença dos helicópteros, com a presença da estreante Helibrás.

De acordo com Philipe Figueiredo, diretor de vendas de aeronaves da Líder, o agronegócio respondeu por 70% dos negócios da empresa em 2012 e, deste volume, cerca de 10% foram negócios fechados na Agrishow. "Isso sem contar os contatos feitos na feira e que se convertem em vendas depois", destaca. Ele afirma que entre 2010 e 2012 foram vendidos 11 aviões durante o evento.

Figueiredo diz que os compradores tem origens diversas, como Paraná, Paraíba, Bahia, entre outros. Ele salienta que apesar desse nicho de mercado ter tradição, a penetração das vendas nessas regiões é relativamente recente. Além disso, completa, o produto deixou de ser considerado um item de luxo. "O avião passou a ser visto como uma ferramenta de trabalho. O produtor quer gerar receitas, como o ganho de tempo, e não obter despesas", complementa.

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