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A avicultura paranaense está vivendo um momento de retomada. E neste mês de maio, esse momento tem mais um reforço: a entrada em vigor do novo salário mínimo. São apenas R$ 50 de aumento, mas para a avicultura é uma elevação significativa, pois boa parte desta verba vai para a alimentação. Como o frango é uma opção saudável, de qualidade e tem um preço acessível, a tendência da avicultura é sofrer um incremento.

Além disso, a chamada "gripe do frango", que abala vários países, felizmente não tem nos afetado tanto. A queda do embargo da Rússia às exportações de frango também nos ajudou. Afinal, no ano passado o Paraná exportou 102,2 milhões de quilos de carne de frango in natura para a federação russa, faturando US$ 184,8 milhões. Outra importante notícia foi a de que seis estados brasileiros estão preparados para implantar o Plano Nacional de Prevenção à Influenza Aviária. Não temo em afirmar, portanto, que o Paraná continuará a ser o maior produtor de aves do país e o segundo maior exportador, ficando atrás apenas de Santa Catarina. O Paraná está servindo de exemplo nesta questão e, junto à Secretaria Estadual de Agricultura, agindo de forma rápida e eficaz.

A divulgação do Plano Nacional de Prevenção da Gripe Aviária e a queda do embargo da Rússia, somadas ao aumento do consumo interno de frango per capita podem fazer com que o cenário avícola ganhe ainda mais força. Em 2004, o consumo per capita de frango/ano foi de 32,7 quilos. No ano passado, segundo estimativas da United States Department of Agriculture (USDA), foi de 36 quilos. A expectativa do Sindiavipar é fechar este ano com 42 quilos per capita/ano.

Quanto à influenza aviária, sabemos que estamos preparados para qualquer eventualidade, pois estamos dentro dos conceitos mais modernos do mundo em relação à avicultura. Na semana passada, durante um seminário realizado em Florianópolis, ficou decidido que o Plano Nacional de Prevenção à Influenza Aviária já pode ser implementado imediatamente no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul. Os estados de Minas Gerais e Mato Grosso também devem aderir ao plano.

Um dos principais objetivos deste encontro foi buscar soluções para a implementação imediata do plano. É fundamental que haja unicidade para que a implementação ocorra e não sejamos surpreendidos caso haja algum problema.Estamos normatizando e mostrando que temos uma avicultura de primeiro mundo, com equipamentos e pessoal preparado. A regionalização da produção de aves, o controle nos estados e a proibição do transporte de aves vivas entre estados são medidas importantes que compõem o plano. O Brasil tem de estar preparado, e está, para fazer frente a uma ameaça. Não seremos pegos despreparados. Em 2005, as exportações brasileiras de frango somaram US$ 3,5 bilhões e a avicultura industrial é responsável pela geração de 800 mil empregos diretos e de cerca de 4 milhões indiretos. Somos diferenciados no mercado internacional. E o Paraná é parte fundamental neste mercado.

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