O grande destaques para o período entre janeiro e abril foi a soja com um aumento de 43% no valor e de 63% em quantidade| Foto: APPA/APPA

As exportações do agronegócio brasileiro alcançaram um total de US$ 8,08 bilhões, valor que representou 52,5% de todo o valor exportado pelo Brasil no mês passado, um aumento de 14,3% em abril deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2015. Como os preços internacionais dos produtos agropecuários têm registrado queda, o resultado só foi obtido graças ao aumento na quantidade de produtos exportados, informou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento (Mapa).

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De acordo com o Balanço Comercial do Agronegócio, divulgado nesta segunda-feira (9) pelo Mapa, o saldo positivo das exportações subiu de US$ 5,95 bilhões para US$ 7,1 bilhões, na comparação entre abril de 2015 e abril de 2016. Já as importações apresentaram queda de US$ 1,12 bilhão para US$ 972,63 milhões entre março de 2015 e abril de 2016: uma queda de 12,9%.

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“As vendas externas contribuíram para termos superávit, enquanto as exportações de produtos dos demais setores apresentaram déficit de US$ 2,2 bilhões”, disse a secretária de Relações Internacionais do Agronegócio, Tatiana Palermo. “Nos primeiros quatro meses, o crescimento foi 10,2% na comparação com 2015, com um saldo de US$ 24 bilhões no agronegócio. Já os demais foram deficitários em US10,9 bilhões. Com isso, o superávit total da balança ficou em US$ 13,2 bilhões”, acrescentou.

Os destaques para o período entre janeiro e abril, segundo a secretária, foram a soja, com um aumento de 43% no valor e de 63% em quantidade; o sucroalcooleiro, que aumentou em 8,3% o valor e em 23,4% a quantidade; o milho, com um aumento de 109,5% no valor e de 137,8% na quantidade exportada. Os produtos florestais apresentaram uma alta de preço de 2,6%, e de 16,4% na quantidade exportada; o algodão aumentou, em valor, 34,7%, e em quantidade 41,9%. O cacau também mereceu destaque e, com um aumento de 9,2% em seu valor registrou aumento de 13,4% na quantidade exportada.

“Tivemos um resultado muito bom também nos produtos de proteína animal exportado”, acrescentou. Com preço praticamente estável, as carnes em geral aumentaram 17,9% em termos de quantidade exportada. O frango in natura aumentou em 16,6%. A carne bovina in natura teve aumento de 7,4% no valor de mercado, e, em quantidade vendida, aumentou em 18,5%. A carne suína in natura aumentou em 22,5% seu valor, e em 71,4% a quantidade. “Também merecem destaque os pescados. Exportamos 27,9% a mais em valor, e 29,7% a mais em quantidade.”

Segundo o Mapa, os cinco principais setores exportadores em abril foram o de soja, que exportou US$ 4,04 bilhões, valor 30,6% superior ao registrado em abril do ano passado; carnes, que totalizaram US$ 1,2 bilhão (4,4% a mais); produtos florestais, que exportou US$820 milhões (queda de 2,7% na comparação com o mesmo mês). O complexo sucroalcooleiro exportou US$ 526,28 milhões. Na comparação com abril do ano passado o crescimento da exportação fica em 64,9%.

“Esses cinco complexos foram responsáveis 78,2% do exportado pelo agronegócio. Temos concentração muito grande nesses cinco complexos. A soja representa 32,6% do total exportado pelo agronegócio. As carnes, 15,7%; os produtos florestais (papel, celulose e madeiras) representa 12% do exportado; o sucroalcooleiro 9,6%; e o de cereais 8,2%.”

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O café registrou queda em termos percentuais (-29,3%), e exportou US$ 371,49 milhões. Palermo explicou que essa queda no café é momentânea. “Estamos na entressafra, mas deveremos anunciar ainda uma safra recorde.”