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A previsão, segundo Eldo Berger, um dos coordenadores da exposição, é que os investimentos elevem em 10% a produtividade a cada geração. O pecuarista Maurício Greidanus calcula aumento de 6% por lactação, cuja duração média é de 305 dias. Quando as bezerras hoje alimentadas com ração e mamadeira derem suas primeiras crias, aos 2 anos de vida, poderão render dois litros de leite a mais que suas mães diariamente.

Zootecnista da cooperativa Batavo, Michael Warkentin afirma que, em tese, os animais novos produzem mais do que os antecessores. A receita, segundo ele, está no manejo adequado, na nutrição equilibrada e na genética.

O professor do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Newton Pohl Ribas explica que o gado que veio com os primeiros holandeses para a região produzia em média 4 mil litros de leite por lactação. Com os investimentos iniciais na compra de materiais genéticos da Argentina e do Uruguai, a produtividade subiu para 7 mil litros. Nos últimos 20 anos, com a inserção de embriões dos Estados Unidos e do Canadá, a produtividade saltou a 10 mil litros de leite por lactação. “Agora os produtores estão investindo em qualidade trazendo material genético [sêmen] da Alemanha, França e Holanda”, acrescenta.

A média diária de produção de leite é de 6,35 litros no Paraná, conforme dados de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre os produtores que superam esse índice, Greidanus tem vacas de 35 litros diários.

Há nove meses, ele investiu no berçário da fazenda localizada em Carambeí. Para atender 83 bezerras, instalou máquinas “call feeders”, que fornecem leite e ração para os filhotes em quantidades definidas por um programa de computador.

“Cada animal tem um chip e cada aparelho tem um sensor. Assim, sabemos quanto um animal deve comer por dia e quanto ele comeu. Se ele consumiu menos, vamos atrás para completar a alimentação”, explica o técnico agrícola Luís Fernando Moroz. O ganho considerado é certo. “Esperamos aumentar a produtividade anual em até 6% e diminuir em um mês o tempo médio de espera pela primeira cria”, acrescenta Greidanus.

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