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Agronegócio

Blairo Maggi vê aumento de exportação agrícola do Brasil após missão à Ásia

 | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
(Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo)

O Brasil espera que uma série de encontros com governos e executivos de empresas na Ásia possa levar a uma aumento nas vendas de carnes suína e bovina e outras commodities agrícolas em um momento em que o país busca acelerar suas exportações, disse o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, em entrevista à Reuters nesta quinta-feira.

O país assinou nove acordos comerciais com a China na semana passada, durante uma viagem do presidente Michel Temer para a reunião do G20 em Hangzhou, na primeira missão do governo brasileiro após o impeachment de Dilma Rousseff.

Autoridades e um grupo de empresários também passaram pela Coreia do Sul, Hong Kong e em outros lugares para atrair investimentos ao país, que enfrenta sua pior recessão em 80 anos.

O Brasil já vende carnes de aves, suína e bovina para a China, mas ainda precisa da autorização para vender a partir de outras unidades de processamento, a fim de aumentar as exportações para a segunda maior economia do mundo.

Cerca de 120 plantas apresentaram pedidos para autoridades chinesas, e Temer solicitou uma rápida aprovação em encontro com o seu homólogo, Xi Jinping, na semana passada, disse Blairo.

“O presidente chinês disse que trabalharia nessa questão. Temos de aumentar nosso comércio com eles”, afirmou o ministro.

O Brasil estima que cada nova unidade significaria uma média de US$ 19 milhões em exportações adicionais.

O governo está contando com maiores exportações para ajudar o país a voltar a crescer, com uma moeda enfraquecida aumentando a competitividade produtos brasileiros no exterior.

O superávit comercial em agosto foi o maior para o mês desde 2006.

Depois de quase dez anos de discussões com autoridades sul-coreanas, o Brasil chegou às últimas etapas de um acordo e poderá em breve obter aprovações para exportar carne suína para o país asiático, acrescentou Blairo.

A nova legislação deve passar por avaliação em cerca de 60 dias em Seul, levando a visitas técnicas que abririam o caminho para as vendas inicialmente a partir de Santa Catarina, no Sul do Brasil.

“Depois disso, deve haver algumas missões comerciais, para que possamos começar a exportar para eles”, disse Blairo, acrescentando que o governo vai buscar promover encontros para exportar carne bovina para a Coreia do Sul.

No mês passado, o Brasil também deu os últimos passos para abrir as exportações de carne bovina in natura para os Estados Unidos, um mercado estimado pelos exportadores brasileiros em 900 milhões de dólares ao ano, que credencia o país a entrar em novos mercados mais exigentes.

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