Está confirmado. Mais sete estados brasileiros e no norte do Pará passam a ser reconhecidos como área livre da ftosa com vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O reconhecimento foi anunciado no ano passado e agora vale nos 178 países que integram a entidade. Agora, a região livre da doença corresponde a praticamente toda a zona de pecuária bovina do Brasil. Abriga 99% dos 210 milhões de cabeças de gado, conforme o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Nas contas do Mapa, foi necessário investimento público de R$ 80 milhões para que o país ampliasse sua área de controle da aftosa e conquistasse a confiança dos técnicos da OIE, reunidos na França. Além do norte do Paraná, os sete estados incluídos de área livre com vacinação são Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte.
Com o potencial de crescimento da produção brasileira de proteína animal a partir dessa decisão, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, afirmou que o foco agora será a ampliação do mercado externo.
A meta agora é fazer valer esse status e ampliar as exportações. "Vou organizar com o setor privado as principais pautas para serem tratadas ainda este ano com compradores internacionais importantes, como os Emirados Árabes, a Coréia do Sul, o Irã, a China e a Rússia”, disse em Paris o ministro da Agricultura, Neri Geller.
“Além de possibilitar a abertura de mercados, a certificação elimina as restrições de trânsito interno para os demais estados pertencentes à zona livre de febre aftosa, com vacinação”, apontou a diretora substituta do Departamento de Saúde Animal (DSA) do Mapa.
Ao todo, o Brasil possui agora 23 estados e o Distrito Federal livres de febre aftosa com vacinação aos olhos da OIE. Sem contar Santa Catarina, único estado reconhecido como livre da doença sem vacinação, status reivindicado por Paraná e estados vizinhos. O país luta para se livrar da doença desde 1919. As ações oficiais foram acentuadas nos últimos 20 anos.