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A Bunge reduziu os carregamentos de soja em grão à China depois de ter superestimado a demanda em projeções realizadas no fim do ano passado. Uma das principais processadoras de soja do mundo, a empresa normalmente mantém fluxo contínuo de soja ao país asiático a partir de países produtores como o Brasil. A decisão de reduzir a escala de navios reflete o impacto da redução no ritmo do crescimento econômico no maior importador mundial da oleaginosa (os 7,4% de crescimento em 2014 foram a taxa mais baixa em 24 anos). A empresa espera que as condições de mercado melhorem na China, onde ficam sediados entre 10% e 15% de toda a operação de processamento de grãos da companhia.

Em dezembro, a Bunge sofreu um prejuízo de US$ 30 milhões com a queda no preço da soja, que recuou a valores abaixo dos pagos na compra dos grãos que estavam estocados. No início da temporada 2014/15, em setembro do ano passado, a forte demanda chinesa causou um aumento dos preços, mas as cotações caíram com força em seguida diante da previsão de safras recordes na América do Sul e os compradores chineses recuaram, cancelando, inclusive, a compra de mais de meio milhão de toneladas de soja dos EUA.

Pé no freio

6,88 milhões de toneladas de soja foram importadas pela China no mês passado. Volume é inferior ao recorde estabelecido em dezembro, apesar de superar as 5,9 milhões registradas em janeiro de 2014.

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