Mamborê - Produtores da região de Campo Mourão estão tendo trabalho no final do ciclo da soja com o aparecimento de ervas daninhas extremamente resistentes aos herbicidas. Para se livrar do problema, eles estão tendo de contratar funcionários para tirar as plantas daninhas da lavoura. "A buva é uma concorrente negativa da soja. A erva rouba luz, água, adubo, nutrientes e ainda impede o desenvolvimento da planta", explica o agricultor Hildeson Sambati, de Piquirivaí, que plantou 484 hectares de soja convencional e está com problemas com a buva em uma área de mais de 120 hectares. "Já fiz duas aplicações de glifosato e ainda não consegui eliminar as plantas. A alternativa foi contratar trabalhadores para retirá-las com a enxada", conta.
Sambati acredita que a infestação das ervas invasoras na lavoura aconteceu por descuido de um funcionário quando da aplicação da primeira dose de herbicida. "Ele deve ter deixado de aplicar o glifosato no estágio inicial do desenvolvimento da buva. Arrancando a planta também teria resolvido o problema". Sambati, que ainda não fez os cálculos, acredita que deverá ter perdas por conta da erva daninha. Ele planta soja convencional e, assim, teve que interromper a aplicação de glifosato quando a soja começou a crescer.
O agricultor Amâncio de Oliveira acredita que deverá ter perdas em volume e qualidade na soja depois que a planta daninha atacou 30 hectares em sua propriedade em Mamborê. "Mesmo aplicando uma dose de glifosato no estágio inicial não foi possível acabar com a buva. A erva impede o desenvolvimento da soja e com isso o grão tem baixa qualidade, gerando prejuízos aos produtores", reclama.