De um sítio de 12 hectares, à margem do Rio Tibagi, em Ibiporã (Norte do estado), a biomédica Zeila Maria Gomes Manchini, 49 anos, consegue tirar o sustento de três famílias: a sua e as dos dois empregados. O segredo está na diversificação das atividades e no aproveitamento do potencial da área, a menos de 20 quilômetros de Londrina.
Na propriedade, Zeila cultiva café e frutas cítricas (poncã e mexerica). Em 2003, ela decidiu produzir mel. Hoje tem 18 colméias, de espécies européias, cada uma produzindo 35 quilos de mel por ano, em média. Ela vende a produção, a R$ 20 o quilo, diretamente ao consumidor, em prédios comerciais de Londrina.
Agora, Zeila está partindo para mais uma iniciativa empreendedora: recebe pequenos grupos, mediante agendamento, para um "café rural" no sítio. Cobra R$ 7 por visitante, em média. O movimento já chega a três grupos mensais, de 15 a 40 pessoas, geralmente mulheres, que se reúnem no local para cursos de artesanato. Quase todo o cardápio (café, leite, pão caseiro, bolachas e bolos) é produzido no próprio sítio.
"É uma forma de agregar valor", ensina Zeila, já familiarizada com o linguajar econômico. Essa forma inovadora de turismo rural foi o tema da tese de conclusão do curso de Geografia do filho da produtora, Luiz Rodolfo, na Universidade Estadual de Londrina.
Para Zeila, que vive na propriedade desde 1991, estudar empreendedorismo foi fundamental para a diversificação. "Me fez enxergar a propriedade. Antes, eu fazia tudo no escuro." Seu próximo projeto é abrir um restaurante, para atender "até 400 pessoas" por final de semana.
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