O aumento da oferta de café nos principais países produtores aliado à redução nas exportações do produto e incertezas de consumo na Europa estão derrubando os preços do grão, tanto no mercado internacional como no Brasil. Somente em março, as cotações do café chegaram a cair cerca de 3% no mercado físico, praticamente a mesma desvalorização observada na Bolsa de Nova York, onde o produto é negociado.
Além do aumento da safra, o apetite dos países europeus estaria ameaçado por conta da crise econômica no velho continente. Os estoques do produto na Europa subiram 1,4% em fevereiro, segundo a Federação Europeia de Café (FEC). É lá onde estão os consumidores de café produzido no Brasil.
A conjuntura tem levado produtores paranaenses às ruas pelo interior, para protestar contra a falta de intervenção do governo no mercado. A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) espera que o preço mínimo do grão seja revisado no país. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) se mostra receptivo à proposta da CNA.
R$ 340 POR SACA
É o valor que a CNA reivindica ao governo federal para o novo preço mínimo do café. Hoje, o tipo arábica tem piso de R$ 261,69 por saca. Revisão pode ser anunciada no próximo Plano Agrícola e Pecuário (PAP).
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