A safra brasileira de café deverá ficar entre 50 milhões e 52 milhões de sacas de 60 kg em 2018, com avanço de 11,2% a 15,6% em comparação com a colheita do ano passado. Desse total, a variedade arábica responde por um intervalo entre 38 milhões e 39 milhões de sacas e a conilon de 12 milhões a 13 milhões de sacas, segundo sondagem realizada pelo Conselho Nacional do Café (CNC), entre as suas cooperativas associadas.
O CNC informa em comunicado que este será um ano de safra cheia, proporcionado pela bienalidade positiva da maioria das lavouras de arábica, bem como pela recuperação das plantações de conilon após praticamente quatro anos de dificuldades em virtude de adversidades climáticas.
Segundo o Conselho, “a apuração junto às cooperativas apresenta volume inferior aos números oficiais divulgados pelo governo, haja vista que a vivência direta no campo dos técnicos de nossas associadas permite uma apuração diária imediata da evolução das plantas e, por meio disso, já podem identificar dificuldade no desenvolvimento dos chumbinhos em virtude do período de estiagem que os cafezais de algumas localidades vivenciaram durante a fase de florada”.
Na quinta-feira, 18, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou a primeira previsão para a safra de café em 2018. Conforme a Conab, a produção brasileira de café deve ficar entre 54,44 milhões e 58,51 milhões de sacas de 60 quilos, representando uma variação positiva entre 21% a 30% em comparação com a safra do ano passado, quando atingiu 44,9 milhões de sacas.
O CNC acrescenta que, nos níveis mínimos ou máximos a serem alcançados, o Brasil produzirá um volume suficiente para, somado aos estoques, honrar seus compromissos com o consumo interno e, também, com as exportações, mantendo seu posicionamento de principal produtor e exportador mundial de café.
Pesquisa
O CNC destaca, ainda, que, conforme a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO 2018, o governo federal reservou, para o Desenvolvimento da Cafeicultura Nacional, o montante de R$ 9,965 milhões do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), “possibilitando o fomento dos trabalhos de pesquisa para a atividade ampliar seu leque sustentável no tripé ambiental, social e econômico”.