R$ 363,94 por saca
foi o preço médio do café no indicador robusta, calculado pelo Cepea. Valor é 6,8% superior à média de setembro/15 e também o maior índice nominal da série. Baixa produção nacional mais exportações sustentam valores internos.
O mercado cafeeiro ganha incentivo a partir desta semana graças a retomada nas intervenções governamentais. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou na semana passada que planeja ofertar em leilões de 300 mil a 400 mil sacas de café arábica até o fim do ano. Hoje o país mantém 1,56 milhão de sacas (60 quilos) de café arábica em estoques, que foram acumulados ao longo dos últimos anos por meio de compras estatais para sustentar preços domésticos em momentos de grande oferta das colheitas. A Conab vinha ofertando lotes de 9 mil a 40 mil sacas em leilões periódicos no início de 2015, mas interrompeu os leilões nos últimos meses. A demanda pelo café oferecido estava prejudicada pelos preços cobrados. Operadores disseram que consideravam os preços elevados naquele momento para a qualidade do produto ofertado. As datas, preços e volumes a serem oferecidos nos próximos leilões de 2015 ainda serão definidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Em setembro, o Brasil encerrou uma colheita considerada fraca, que variou de 43 milhões a 50 milhões de sacas, dependendo a fonte da informação, com impacto nos estoques privados de café, que deverão cair para níveis baixos ao final do segundo trimestre de 2016.