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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu nesta terça-feira (29) a previsão para a safra de café do Brasil em 2015 para 42,15 milhões de sacas, ante 44,28 milhões de sacas da projeção de junho, citando menores rendimentos na colheita e no beneficiamento. A previsão representa uma redução de 7% na comparação com a produção de 45,34 milhões de sacas em 2014.

A colheita de café no Brasil está praticamente encerrada, em uma safra ainda marcada por efeitos de períodos secos que atingiram o cinturão produtor desde o início de 2014. "A redução se deve, principalmente, à queda na carga produtiva de café em coco, mensurada por ocasião da colheita, além da redução no rendimento do café no beneficiamento", disse a entidade, em relatório.

A previsão da Conab, que baseia seus dados principalmente em entrevistas com produtores, ficou na faixa inferior das projeções que circulam no mercado. Estimativas independentes giram próximo de 50 milhões de sacas, enquanto previsões de entidades ligadas a produtores estão pouco acima de 40 milhões de sacas.

Arábica e RobustaA safra 2015 de arábica, variedade que representa quase 75% da produção nacional de café, deve ficar em 31,3 milhões de sacas, ante 32,9 milhões da previsão de junho e 3,1% abaixo de 2014, projetou a Conab.

"O resultado se deve, principalmente, ao expressivo decréscimo de 1,5 milhão de sacas no cerrado mineiro e 754 mil sacas em São Paulo, correspondendo a 26,6 e 16,4%, respectivamente, de queda frente à safra 2014", destacou a Conab.

A entidade destacou ainda que a maturação desuniforme, a colheita iniciada com atraso e com maior percentual de grãos verdes, a renda no beneficiamento aquém do esperado, a peneira baixa e o prolongamento do tempo de terreiro nas primeiras colheitas, devido ao tempo nublado e clima mais frio, trouxeram alguns prejuízos à qualidade da bebida no arábica produzido em Minas Gerais, principal estado produtor.

A produção de café robusta do Brasil foi estimada em 10,9 milhões de sacas, abaixo das 11,35 milhões de sacas de junho e queda de 17% ante 2014. "Esse resultado se deve, principalmente, à queda da produção no Espírito Santo, maior estado produtor da espécie, causada pela estiagem da atual safra", disse a agência.

Segundo a Conab, as lavouras de robusta foram afetadas por déficit hídrico, elevadas temperaturas e grande insolação em dezembro de 2014, janeiro e fevereiro de 2015, período de formação e enchimento de grãos.

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